No dia 29 de maio de 2025, o Metropolitan Pavilion, em Manhattan, Nova York, foi palco da Stablecon 2025.
O evento reuniu mais de mil participantes, incluindo mais de 750 executivos C‑Suite e mais de 100 palestrantes, em um dia intenso dedicado exclusivamente a stablecoins, pagamentos digitais e tokenização avançada.
Um encontro focado e decisivo
Diferente de eventos cripto dispersos, a Stablecon teve um eixo bem definido: stablecoins como infraestrutura core.
🔔 Entre em nosso grupo no WhatsApp e fique atualizado.
Em 43 sessões distribuídas entre o palco principal, o Fireblocks Stage e o MetPav Second Floor, os temas abordaram o ecossistema regulatório global, com executivos da NYDFS, CFTC e FDIC; adoção institucional e compliance, com representantes de Visa, PayPal, Coinbase, Circle e Ripple; e também tokenização e pagamentos cross-border, com cases apresentados por Zero Hash, BVNK, WisdomTree, Lightspark, entre outros.
Grandes nomes em debates estratégicos
A conferência contou com figuras de destaque como Michael Shaulov (Fireblocks), Adrienne Harris (NYDFS), Jelena McWilliams (FDIC), Mark Wetjen (CFTC), David Marcus (Lightspark), Edward Woodford (Zero Hash), Cuy Sheffield (Visa), Bam Azizi (Mesh), Leif Abraham (Public) e Chris Harmse (BVNK).
Painéis como “Regulatory Landscape” e “Institutional Adoption” colocaram executivos e reguladores lado a lado para debater os caminhos, oportunidades e limites das stablecoins no sistema financeiro.
Ecossistema latino-americano em destaque
O palco “Emerging Markets” destacou nomes como Chris Maurice (Yellow Card), Daniel Vogel (Bitso) e Carmelle Cadet (EMTECH), que trouxeram discussões sobre remessas, inclusão financeira e reservas em dólar em regiões voláteis.
A América Latina mostrou mais uma vez ser um terreno fértil para adoção bottom-up, com uso prático de stablecoins em remessas, B2B e proteção contra volatilidade cambial.
Conexão e conteúdo de alto nível
Durante o evento, mais de 700 reuniões foram agendadas, além de 14 eventos paralelos de networking e happy hours promovidos por empresas como Fireblocks, Visa, AiPrise e Caliza. A curadoria equilibrou bem conteúdo técnico, debates sobre compliance e oportunidades de conexão formal e informal.
Vozes da indústria
A Stablecon também foi espaço para escutar diretamente quem está construindo a nova infraestrutura financeira global. Josh Weiss, Head of Sales da Utila, destacou o avanço prático do setor:
“Stablecon offered a compelling snapshot of the growing maturity around stablecoin infrastructure. The discourse moved well beyond theory — focused instead on enterprise-grade integrations, regulatory clarity, and real-world payment flows. For anyone watching the intersection of fintech and digital assets, it reinforced that stablecoins are no longer experimental — they’re operational.”
Dan Cartolin, Head of Business Development da Sphere, ressaltou o clima de cooperação e visão de longo prazo:
“Stablecon was a refreshing reminder that stablecoins are truly a global movement. Being under one roof with so many visionary teams building the rails for the future of finance offered a hopeful and exciting glimpse into what’s ahead for our industry. For the Sphere team, one of the highlights was sitting down with leaders from some of the world’s largest Web2 payments companies to explore how blockchain and stablecoins can enhance existing operations. It’s always energizing to witness those ‘a-ha’ moments when the value truly clicks. We’re looking forward to seeing more iterations of Stablecon in new cities — and continuing these important conversations around the future of payments and financial infrastructure.”
Impressões como colunista
Estar na Stablecon foi testemunhar a criptoeconomia saindo do laboratório e ganhando escala institucional.
A maturidade dos debates, com reguladores dividindo o palco com builders, sinaliza uma nova fase do setor. A infraestrutura está se consolidando e a narrativa deixou de ser visionária para assumir um foco pragmático.
Conclusão
A Stablecon 2025 marcou um divisor de águas. As stablecoins já não são mais esperadas, mas utilizadas. Com infraestrutura robusta, diálogo regulatório avançado e casos institucionais em produção, o evento mostrou que o futuro do dinheiro já está sendo construído com estrutura: digital, estável e tokenizada.