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Suspeito de mandar assassinar advogado é condenado a devolver criptomoedas

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Um crime bárbaro chocou a cidade de São Paulo em 2019, quando um advogado foi morto a tiros em um posto. Um suspeito de participar do crime e mandar assassinar o advogado era líder de uma empresa que fazia captação de investimentos em criptomoedas.

Chamada de Valourinvest, a empresa teria começado a atrasar os saques para clientes no último ano. Em um processo de setembro de 2019, por exemplo, a justiça paulista já havia solicitado o bloqueio de R$ 93 mil em oito corretoras de criptomoedas.

Os donos da empresa são Edgar Acioli Amador e Wilson Decaria Junior. De acordo comum inquérito policial que investiga o caso da morte do advogado, os donos da Valourinvest teriam contratado os assassinos.

O crime que aconteceu em junho de 2019 ainda deixa marcas no judiciário.

Suspeito de ajudar a mandar matar advogado em São Paulo é condenado pela justiça a devolver criptomoedas de investidor

Um investidor da Valourinvest recorreu ao judiciário para reaver seu investimento. De acordo com decisão, publicada nesta terça-feira (13), o homem teria investido mais de 1 Bitcoin na empresa.

Com o investimento realizado em 2018, o valor do aporte daria cerca de R$ 49 mil. Hoje, com o preço do Bitcoin acima de R$ 60 mil, o investidor pede na justiça o valor de R$ 139 mil.

“Alega, em síntese, que em 10/08/2018 firmou contrato particular de assessoria, investimento e negociação de criptoativos junto a requerida Valourinvest, visando a prestação de uma série de serviços relacionados a criptomoedas, tendo transferido o valor de R$ 49.750,00, equivalentes a 1,581 Bitcoins”, cita trecho da decisão judicial

Foram citados como parte ré no processo a Valourinvest Soluções Assessoria e Consultoria Financeira e Edgar Acioli Amador. Edgar é apontado como participante no assassinato do advogado Francisco Assis Henrique Neto Rocha, que morreu em um posto com 10 tiros.

Segundo a investigação policial, Edgar e o outro dono da Valourinvest teriam contratado os assassinos do crime. O caso ainda segue apurado pela polícia civil do Estado de São Paulo.

Justiça deferiu pedido de cliente da Valourinvest, veículos poderão ser bloqueados

A justiça paulista deferiu o pedido do cliente contra a Valourinvest, no valor de R$ 139 mil. Até veículos poderão ser bloqueados para o pagamento da dívida, que constarem no sistema Renajud.

Diante dos fatos narrados pelo autor e dos documentos que acompanham a inicial, inclusive, com a juntada do contrato e do boletim de ocorrência relativo a demanda criminal que envolve o sócio da ré, vislumbra-se a presença dos requisitos que autorizam a concessão parcial da tutela de urgência. Posto isto, defiro parcialmente a tutela pretendida para determinar o arresto de eventuais valores existentes em contas-correntes ou aplicações de titularidade da requerida VALOURINVEST, SOLUÇÕES, ASSESSORIA E CONSULTORIA FINANCEIRA EIRELI

Caso o autor do processo também encontre imóveis em nome da ré poderá colocar no processo. O juiz determinou ainda que o autor recolha as custas do processo em até 15 dias para dar andamento ao pedido.

O caso da morte do advogado com a Valourinvest é um dos mais emblemáticos do Brasil. Recentemente, o STF julgou um habeas corpus contra outro suspeito e negou o pedido. Na ocasião, o Ministro Alexandre de Moraes apontou que essa pode ser uma quadrilha que cometeu um crime bárbaro.

A empresa, que prometia rendimentos de 10 a 15% garantidos, é suspeita de operar um esquema de pirâmide com Bitcoin. O advogado teria mais de R$ 2 milhões para receber dos suspeitos, que pagaram cerca de R$ 500 mil pela sua morte.

No Reclame Aqui, mais de 23 reclamações já foram registradas contra a Valourinvest. Edgar, que é um dos suspeitos de mandar assassinar o advogado, também é citado na justiça pelos envolvimentos com a suposta pirâmide financeira.

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Autor:
Gustavo Bertolucci
Tags: ValourInvest