Paolo Ardoino, CEO da Tether. Fonte: Redes sociais/Reprodução.
A Tether, emissora da stablecoin USDT, revelou nesta quinta-feira (31) um lucro de US$ 4,9 bilhões (R$ 27,4 bilhões) no segundo trimestre de 2025. Os ganhos da empresa chegam a US$ 5,7 bilhões no primeiro semestre.
Como comparação, as petroleiras Shell e Petrobrás lucraram US$ 5,58 bilhões e US$ 6,21 bilhões, respectivamente, no primeiro trimestre deste ano.
Embora a Tether esteja aproveitando a boa lucratividade dos títulos do Tesouro americano, quase metade dos lucros estão relacionados as altas do Bitcoin e do ouro, dois ativos que também dão lastro ao USDT.
Como destaque, a Tether aponta que a oferta de USDT cresceu US$ 13,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, fazendo a empresa alcançar a marca de 157 bilhões de USDT em circulação.
Parte desse crescimento se deve a uma maior clareza regulatória pelo governo americano, incluindo a promulgação do Genius Act neste mês de julho.
Os lucros da empresa também continuam chamando atenção do mercado. Além do bom rendimento dos títulos do Tesouro, a empresa também se beneficiou das valorizações do Bitcoin e do ouro no período.
“A lucratividade da Tether também destaca a força de seu modelo de negócios.”
“O lucro líquido no segundo trimestre de 2025 totalizou aproximadamente US$ 4,9 bilhões, elevando o total dos primeiros seis meses do ano para US$ 5,7 bilhões”, escreveu a Tether. “No acumulado do ano, a TIL [Tether International Limited) gerou US$ 3,1 bilhões em lucros recorrentes, excluindo contribuições de marcação a mercado de ouro e bitcoin, que adicionaram mais US$ 2,6 bilhões — ressaltando ainda mais a força operacional e a consistência de receita da empresa.”
Atualmente a empresa possui uma exposição de quase US$ 130 bilhões a títulos, bem como US$ 8,9 bilhões em Bitcoin e US$ 8,7 bilhões a metais preciosos.
No relatório passado, a empresa possuia US$ 7,6 bilhões em Bitcoin e US$ 6,6 bilhões em metais preciosos. Portanto, houve um crescimento de 1,2 bilhão e US$ 2 bilhões, respectivamente, nesses dois sub-grupos.
Além desses investimentos diretos, a Tether também possui exposição em diversas outras empresas. Isso inclui participações na Juventus, Adecoagro e na Twenty One Capital (XXI).
Segundo Paolo Ardoino, CEO da Tether, a empresa possui investimentos em mais de 120 empresas.
“Hoje, a Tether publicou (uma parte) de seu portfólio de investimentos/venture capital. No total, o grupo Tether investiu em mais de 120 empresas, e esse número deve crescer significativamente nos próximos meses e anos.”
“Aproveitando a força de sua reserva de capital e a lucratividade contínua, a Tether reinvestiu uma parte substancial de seus lucros recentes em iniciativas estratégicas de longo prazo”, comentou a empresa no relatório trimestral.
“As principais iniciativas incluem a XXI Capital, o investimento na Rumble (incluindo o desenvolvimento da Rumble Wallet), o que reflete o foco da Tether em inovação nas áreas de finanças, dados e liberdade digital. Dentro de sua estratégia global de reinvestimento de lucros, os Estados Unidos se destacam como o principal país, com cerca de US$ 4 bilhões já investidos até o momento no ecossistema doméstico.”
Embora seja uma empresa offshore, registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, a Tether foi uma das principais beneficiadas com as mudanças na política americana após as últimas eleições.
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