O texugo-do-mel, também conhecido pelo nome de ratel ou honey badger em inglês, foi adotado, de forma não-oficial, como mascote do Bitcoin. O motivo? O texugo-do-mel não se importa com nada.
O animal é encontrado nas regiões da África e parte da Ásia, e leva este nome por seu gosto por mel, obviamente. Apesar de parecer inofensivo por conta de seu tamanho, ele é imparável.
De um meme até uma cultura, esta é a história do texugo-do-mel, um animal que tem muitas semelhanças com o Bitcoin quando o assunto é desafios. Ambos são destemidos apesar do tamanho de seus oponentes.
O texugo-do-mel não se importa com nada
A origem da relação entre o texugo-do-mel e o Bitcoin é um documentário da National Geographic sobre o animal, entretanto a sua narração original foi substituída por uma mais cômica e acabou viralizando.
O documentário mostra o texugo-do-mel brigando com animais maiores, como um chacal, bem como caçando e se alimentando de escorpiões, cobras venenosas, pássaros e, claro, sendo picado por centenas de abelhas ao procurar por mel.
Já em sua dublagem não-oficial, o narrador diz repetidas vezes que o texugo-do-mel não se importa, “honey badger don’t care” em inglês, sendo o animal mais destemido do mundo.
Virando mascote
Em 2013, Roger Ver acabou transformando o animal em um símbolo usado até hoje para refletir o espírito do Bitcoin. Naquele ano, as pessoas de San José podiam ver um outdoor que chamava o Bitcoin de “O texugo-do-mel do dinheiro”.
Apesar de muitos usuários na época reclamarem da propaganda, alegando que ninguém a entenderia, o animal tornou-se uma referência principalmente em relação a proibições do Bitcoin por governos.
O texugo-do-mel na cultura
O mascote do Bitcoin acabou virando uma cultura, sendo retratado em nomes de empresas, revistas em quadrinhos e até mesmo estampando capas de livros sobre a maior criptomoeda.
O texugo-do-mel aparece na história em quadrinhos Bulltardia, da Citadel21, onde além de apresentar o seu lado destemido também mostra um encontro com seu pai, Satoshi Nakamoto, que o envia para uma missão.
Além disso, o livro Bitcoin Red Pill (2ª Edição): O Renascimento Moral, Material e Tecnológico, escrito pelos brasileiros Renato Amoedo e Alan Schramm, leva o mascote do Bitcoin em sua capa.
E até mesmo uma empresa de caixas eletrônicos que trabalham com Bitcoin adotaram o texugo-do-mel tanto em seu logotipo quanto em seu nome, como é o caso da HoneyBadger Inc.
Destemido e temido
Não há melhor animal para descrever o Bitcoin. Tanto na selva quanto na internet, ambos não se importam se o seu oponente é maior ou está cheio de veneno, eles são imunes e destemidos.
A história do banimento do Bitcoin na China em 2013 repetiu-se neste ano e mais uma vez o Bitcoin mostrou que não se importa. Não há como pará-lo, o Bitcoin é um protocolo robusto e as garras de seus predadores não conseguem atravessá-lo, assim como a pele do texugo-do-mel.