Um alegado trader de Bitcoin brasileiro foi preso em operação policial após suspeitas de que ele fraudou o auxílio emergencial. O caso aconteceu na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás.
Na ocasião, o homem estava parado na rua em uma atitude suspeita, segundo a polícia. Ao ser intimado pelas autoridades para revista, foi encontrado com ele um valor de R$ 5 mil, em espécie.
Indagado a comprovar a origem do dinheiro, o homem confessou que obteve a soma em uma fraude. A atividade ilícita então seria a de furto de auxílio emergencial, o coronavoucher, de outras pessoas.
Ele tinha em posse no momento de sua prisão vários itens que o ajudaram a cometer a fraude. O auxílio emergencial foi criado em 2020 pelo Governo Federal como ajuda a pessoas necessitadas para enfrentar a pandemia do COVID-19.
Alegado trader de Bitcoin foi preso após fraudar auxílio emergencial
A polícia militar de Goiânia passava por uma rua no dia 11 de setembro, quando encontrou um homem em atividade suspeita. Ao abordar o homem, foi encontrado R$ 5 mil em espécie e uma identidade falsa.
O documento era em nome de “Cauê Fresno Pereira”, mas os policiais desconfiaram da legalidade. Com a desconfiança e alta soma de dinheiro, os policiais entraram na casa para efetuar buscas.
Em buscas dentro da casa, a polícia encontrou mais R$ 15 mil em espécie. Além disso, mais uma identidade falsa, 94 chips celulares e mais itens foram encontrados.
“Após identificar que a origem do documento era, possivelmente, duvidosa, os agentes se dirigiram ao domicílio do autuado concretizando a busca domiciliar, que revelou mais R$ 15.000,00 (quinze mil reais) em espécie e outra Identidade falsa, em nome de Winderson Junior Lemos de Oliveira, além de 04 (quatro) celulares, 94 (noventa e quatro) chips de celulares, 02 (dois) notebooks e vários comprovantes de saques bancários”, afirmou a polícia em flagrante
Os policiais então pediram informações sobre a procedência do dinheiro, ao que o homem confessou ser fruto de fraude no auxílio emergencial. Os chips estavam cadastrados em nomes de diversas pessoas, segunda consta nos autos de um processo. Além disso, o homem de 21 anos, natural de Salvador, identificou sua profissão como “arbitragem de bitcoins“.
Jovem recorreu na justiça para reaver seu dinheiro, mas pedido foi negado
No início de outubro, o jovem trader de Bitcoin acusado de fraudar o auxílio emergencial entrou na justiça. Em seu pedido, ele solicitou na justiça que os R$ 20 mil apreendidos pela polícia lhe sejam devolvidos.
Em seu pedido, ele deixou claro que o dinheiro foi obtido em sua profissão com arbitragem de Bitcoin. Ele deixou de apresentar a comprovação de suas transações de Bitcoin informando que as fotos estariam em seu telefone, também apreendido.
“Requer a restituição da quantia de R$ 20.120,00 (vinte mil, cento e vinte reais), argumentando que o dinheiro é de sua propriedade e deriva de seu trabalho em arbitragem de bitcoin”, segundo consta no processo
Desse modo, como o alegado trader de Bitcoin não comprovou a origem do dinheiro, o juiz negou liberar o numerário. Em sua decisão, o juiz fundamentou que não havia provas e, além disso, o processo contra o suspeito ainda corre na justiça.
Recentemente, uma dupla que fraudou o auxílio emergencial com dados da deep web também foi presa. Em uma operação policial em Brasília, a dupla foi encontrada com R$ 30 mil em espécie.