Trader de criptomoedas é processado após perder dinheiro de investidor

Caso lembra a importância de custodiar criptomoedas com segurança e não confiar em operações de terceiros.

Um trader de criptomoedas no Brasil foi processado após perder o dinheiro de um investidor. Ao ficar completamente sem dinheiro, ele processou o negociante e uma mulher que ele alega ser parte da mesa de operações.

Nos últimos anos, com mercados financeiros e de criptomoedas em alta, vários traders surgiram pelo mundo. Muitos buscavam oportunidades de ganhar uma renda extra e até bancar suas despesas.

Contudo, muitas operações falsas de traders surgiram neste período, principalmente com pessoas que buscavam oferecer ganhos certos em operações de risco. Ao utilizar a imagem das criptomoedas, várias operações lesaram investidores, sendo que algumas chegaram a ser alvo de operações policiais no Brasil.

Trader de criptomoedas é processado por cliente após perder dinheiro em operações

No Brasil, operar com criptomoedas é uma prática normal entre investidores do mercado de risco. Essa atividade tem crescido muito e dados da receita apontam que o volume das operações dobrou de 2020 para 2021.

Mas um brasileiro investidor não profissional de São Vicente, na região da baixada santista, conheceu um trader de criptomoedas e resolveu investir com ele um valor. Segundo o cliente, o suposto profissional prometeu lucros certos com suas operações.

Como havia acabado de ser demitido e ainda recebendo seguro desemprego, o homem utilizou parte de seu acerto trabalhista para aportar com o “Trayder”.

No entanto, após não receber o valor que havia sido prometido, ele processou o suposto trader de criptomoedas, alegando na justiça que ele celebrou contrato com a empresa que garantia retornos fixos. Ele pediu o arresto dos bens do trader e de uma mulher, que seria sócia no negócio.

Em sua defesa na justiça, o trader alegou que nunca prometeu rendimentos, mas sim ensinamentos sobre operações e que tinha com seu cliente apenas uma relação de amizade.

Com efeito, a alegação de inexistência de relação de consumo entre as partes não merece prestígio, à medida que os réus não convenceram ao afirmar que Diogo, “pessoa física, apenas busca estudar e disseminar conhecimentos” e que a relação entre as partes seria “tão somente de confiança e amizade”, (…) havendo um grupo de estudo para aplicação de valores em criptomoedas”.

Na justiça, o caso agora avança e o cliente espera reaver seu dinheiro, após restar comprovado que houve relação comercial entre as partes, segundo decisão a que o Livecoins teve acesso, expedida na última segunda-feira (25).

Risco de confiar criptomoedas para terceiros

Como o mercado de criptomoedas é novo, muitas pessoas conhecem esse como uma espécie de investimento similar a bolsa de valores. Dessa forma, é comum que análises do retorno passado sejam consideradas como um dos pontos de atenção da tecnologia.

Contudo, confiar criptomoedas para terceiros é uma prática totalmente desaconselhada, visto que pode colocar em risco de perda de todo o dinheiro. Promessas de retornos fixas e fáceis também são sinais preocupantes, visto que em um mercado altamente volátil, é impossível haver garantias de rendimentos.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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