Urbit, rede peer-to-peer mais antiga que o Bitcoin, começa a ganhar tração

Criada em 2002, sete anos antes do Bitcoin, a Urbit funciona como uma espécie de sistema operacional e rede peer-to-peer. Segundo a própria página do projeto, ela seria uma salvação das garras de megacorporações.

Em outras palavras, a Urbit está preocupada com gigantes da tecnologia que possuem um controle quase absoluto sobre nossos dados. Embora não cite nomes, é uma mensagem clara contra os atuais sistemas operacionais e redes sociais.

Portanto, assim como projetos como o Nostr, a Urbit pode estar servindo como mais um passo em direção a web3. Ou seja, um ambiente onde usuários estão no controle.

Projeto conta com nomes de usuários estranhos, mas isso reforça a privacidade

Além de seu sistema operacional único, a Urbit também chama atenção pelos nomes de usuários. Em suma, eles são criados aleatoriamente e possuem quatro sílabas. Como exemplo: ~ropnep-hoshep, ~matlep-tilbyr e ~tinbem-picpel. Uma bela maneira de preservar a identidade atualmente.

“Achamos que a internet não pode ser salva. Do jeito que as coisas estão indo, a MEGACORP sempre controlará nossos aplicativos e serviços porque não podemos mais executá-los nós mesmos”, aponta o site da Urbit. “A única maneira de sair dessa bagunça é com uma plataforma completamente nova que pertence e é controlada por seus usuários.”

Interface da Urbit, projeto peer-to-peer criado em 2002, sete anos antes do Bitcoin.

Quanto aos estranhos nomes de usuários, eles são usados para conectar no sistema operacional. Possuindo mais uma ligação com as criptomoedas, além de ser descentralizado, tais identidades são salvas no Ethereum, como um NFT.

“Algum dia gostaríamos que fosse hospedado pelo próprio Urbit OS”, esclarece o site do projeto. “A principal função do registro do Urbit ID é rastrear quem possui o quê, especificar quais chaves estão associadas a quais nomes e impor as regras de distribuição de endereços.”

Urbit está ganhando tração

Apesar de ser um projeto com mais de duas décadas, dados apontam que existem apenas 3.200 participantes na rede. A boa notícia é que quase metade deste número é deste ano, ou seja, a rede da Urbit quase dobrou de tamanho em 2023.

Segundo matéria da CoinDesk, o crescimento da Urbit pode estar associado a uma matéria publicada pela Vanity Fair (VF) em fevereiro. Olhando para o gráfico, a correlação é evidente.

Número de participantes da rede Urbit quase dobrou em 2023. Fonte: CoinDesk/Urbit.

Na matéria em questão, a VF cita um local onde a nova direita está encontrando a extrema-esquerda e “todos estão se preparando para o apocalipse”.

A revista também comenta que até Balaji Srinivasan, executivo que perdeu uma aposta de US$ 2 milhões nesta semana, estava presente no evento. Outro nome envolvido no projeto é o do fundador do PayPal, Peter Thiel.

“[Balaji] Srinivasan foi o primeiro investidor do projeto”, apontou a Vanity Fair. “Peter Thiel foi o principal financiador por trás da Tlon, uma empresa com o nome de um mundo mítico em uma história de Jorge Luis Borges que [Curtis] Yarvin havia fundado e que ainda era a empresa controladora da Urbit.”

Por fim, espera-se que a internet continue caminhando para a sua descentralização. O recente crescimento da Urbit mostra que a demanda por tais soluções está aumentando conforme nossa privacidade é quebrada por terceiros.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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