Vale usa Blockchain pela primeira vez em venda internacional

Ação mostra que inovação tem ganhado espaço entre grandes empresas.

A Vale S.A. usa a tecnologia blockchain pela primeira vez em uma venda internacional. A novidade mostra que a inovação tem ganhado espaço em grandes empresas, até as listadas em bolsas.

De fato, a Vale é uma das maiores empresas de mineração do mundo e a maior do Brasil. Com uso da tecnologia blockchain, a Vale deixa claro que está atenta às inovações. A transação ocorreu com a empresa Nanjing Iron and Steel Company, siderúrgica chinesa.

Nos últimos anos, grandes empresas tem buscado a blockchain para inovar em processos. Além disso, a busca pela redução de custos e maior transparência são alguns dos pontos fortes da tecnologia.

Pela primeira vez, Vale usa a tecnologia blockchain em uma venda internacional

O Brasil acompanha nos últimos anos os avanços tecnológicos, que chegam envolvendo até a tecnologia das criptomoedas. Ao funcionar pela primeira vez com o Bitcoin, a tecnologia blockchain ganha destaque no país.

Como estratégia do Governo Digital, a blockchain será utilizada pelo setor público. Contudo, a iniciativa privada também dá passos rumo a tecnologia. E nessa quinta (3), uma das maiores empresas listadas na bolsa de valores brasileira B3, a Vale, foi uma a anunciar sua entrada no setor.

De acordo com um comunicado oficial da Vale S.A., a empresa completou uma grande venda de minério com uso da blockchain. A empresa afirmou que esse é um marco na empresa, que avança no processo de digitalização das vendas.

“Vale S.A. (“Vale”) completou nesta quinta-feira sua primeira venda de minério de ferro utilizando a tecnologia blockchain. Um carregamento de 176 mil toneladas do produto Brazilian Blend Fines (BRBF) deixou o Terminal Marítimo Teluk Rubiah, na Malásia, e foi entregue na China para a Nanjing Iron & Steel Group International Trade Co. Ltd., uma subsidiária da Nanjing Iron and Steel Co., Ltd. (NISCO)”, afirmou comunicado

A empresa apontou que essas vendas de fato demandam muito uso de papel. Entretanto, com ajuda da plataforma de blockchain da Contour, baseada na tecnologia R3 Corda, foi emitida uma carta de crédito. O comunicado foi assinado por Luciano Siani Pires, Diretor
Executivo de Relações com Investidores da Vale.

Apesar da novidade positiva com uso da tecnologia, ações da Vale caem em sessão amarga

As boas novas da Vale, contudo, foram ofuscadas por uma operação do MPF contra a empresa. Isso porque, o Ministério Público Federal quer o afastamento de alguns diretores da companhia.

De acordo com o R7, o MPF em Minas Gerais teria ajuizado uma ação pública contra a Vale. A ação visa afastar executivos responsáveis pela política de segurança da empresa. Com o caso, até os dividendos pagos aos acionistas poderão ser cancelados, um valor estimado em R$ 2 bilhões. Este caso ainda tem relação com as tragédias de Brumadinho e Mariana.

O imbróglio levou as ações da Vale a despencar na bolsa de valores. O preço da VALE3, que fechou a sessão cotada em R$ 59,32, despencou 3,26%. A queda no valor da ação da Vale é a maior intradiária desde abril desse ano. Com o MPF em cima da Vale, a inovação com a tecnologia blockchain de fato ficou ofuscada.

Por fim, a Vale deu um passo importante na transparência e digitalização de seu processo de venda de minério. Com uma menor burocracia no processo de venda, a Vale certamente terá uma melhora na qualidade do serviço aos clientes.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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