O atacante do Fluminense William Bigode e sua empresa WLJC Consultoria, emitiram uma nota sobre o golpe de criptomoedas da Xland Holding no Brasil, empresa com sede em Brasília (DF).
Segundo uma investigação que veio a tona nesta sexta-feira (10), Gustavo Scarpa e Mayke, que foram seus companheiros no Palmeiras, o processam na justiça de São Paulo após serem vítimas de um golpe com criptomoedas.
Na justiça, ambos alegam que William que os apresentou ao esquema, do qual perderam mais de R$ 11 milhões, somados os rendimentos prometidos. Como não conseguem reaver valores desde 2022, os jogadores intimaram o ex-colega na justiça e pedem até o bloqueio de seus bens.
O que diz William Bigode sobre o esquema de criptomoedas?
Em nota nesta sexta-feira, a que o Livecoins teve acesso, Willian Gomes de Siqueira, o “Bigode”, relata que também se sente vítima da Xland. O jogador é famoso no Brasil, com passagens por Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras e outros clubes.
De acordo com o jogador, campeão da Taça Guanabara com o Fluminense sobre o Flamengo nos últimos dias, ele teve um prejuízo de 17 milhões de reais, somados os rendimentos ao valor aportado.
Desde novembro de 2022, contudo, William não consegue receber nenhuma quantia da empresa. O jogador relata que conheceu a empresa por meio do pastor Marçal Siqueira, pessoa de usa extrema confiança.
Ele chegou a se reunir com os sócios do negócio e seus advogados, Gabriel Nascimento (COO) e Jean Ribeiro (CEO), que apresentaram a Xland e passaram confiança.
Como acreditava ter realizado um bom investimento no mercado de criptomoedas, William relata que apresentou o negócio a Scarpa. Por fim, o atacante do Fluminense relatou que tanto Gustavo quanto Mayke, este último ainda no Palmeiras, investiram diretamente na Xland, sem nenhuma colaboração de Bigode no processo.
Veja a nota na íntegra:
O que é a Xland Holding?
Com sede em Brasília, segundo o CNPJ 34.254.469/0001-79, a Xland Holding se apresenta como uma empresa de inteligência na “Locação de Criptoativos”.
Essa mesma área de atuação já foi alvo de operações recentes da Polícia Federal, seja no caso Rental Coins (Operação Poyas), ou Braiscompany (Operação Halving).
“A Xland Holding é uma empresa que busca ser transformadora, que ofereça aos seus clientes serviço de locação de sua cripto com segurança e resultado.”
No ano de 2022, a empresa suspeita de lesar vários jogadores de futebol, ofertou uma rentabilidade média de 3,39% no mercado. Contudo, há vários meses suspendeu os repasses de rendimentos e não honra os contratos.
Não está claro quantos clientes investiam com a Xland e nem quanto a empresa deixou de repassar aos investidores. De qualquer forma, publicamente, a empresa diz que travou saques devido ao colapso da corretora de criptomoedas FTX.
Mesmo com a repercussão dos jogadores lesados, a empresa ainda não se manifestou publicamente.