“Rei do bitcoin, pare de beber água importada e pague o que deve”, diz investidor em frente à sede do Bitcoin Banco

Segurando cartazes e faixas com as frases “o rei do bitcoin não me paga” e “gbb o maior golpe da história”, 15 investidores fizeram uma manifestação em frente à sede do Grupo Bitcoin Banco, em Curitiba (PR), na tarde dessa quarta-feira (23). Um dos proprietários da empresa é Claudio Oliveira, conhecido como “rei do bitcoin”.

Esses investidores fazem parte do grupo de clientes que, desde maio deste ano, não conseguem sacar nas plataformas de negociação de criptomoedas da empresa, a Negocie Coins e a TemBtc.

“Queremos somente o que é nosso. O Claudio Oliveira esbanja luxo e bebe água importada de R$ 10, então que cumpra o seu dever e pague o que nos deve”, disse o comerciante Claudinei Maraia, 51.

Oliveira revelou a preferência pela água Evian, que não custa menos do que R$ 10, em uma entrevista ao jornal Valor Econômico.

Manifestantes foram barrados por seguranças

Maraia e boa parte dos outros manifestantes vieram de Mirassol d’Oeste (MT), cidade que fica a pouco mais de 2.000 quilômetros da capital paranaense. Eles chegaram em Curitiba na segunda-feira (21) e devem ficar na cidade até conseguirem receber os recursos investidos na empresa.

Por duas vezes ao longo da quarta-feira, tentaram entrar no prédio em que fica a sede do grupo, mas foram barrados pelos seguranças do local. “É uma total falta de respeito com a gente. Viemos de tão longe para não sermos nem recebidos para conversar. Aqui tem pai de família”, falou Maraia.

Manifestação em frente ao Bitcoin Banco. Foto: Lucas Marins/Livecoins
Manifestação em frente ao Bitcoin Banco. Foto: Lucas Marins/Livecoins

O Grupo Bitcoin Banco, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não comenta movimentos pontuais ou casos isolados. Disse ainda que há um fluxo de pagamentos, estipulado em setembro, e que em breve fará novos comunicados sobre o processo.

Fiz empréstimo para investir no Grupo Bitcoin Banco, diz investidor

Além dos manifestantes do Mato Grosso, alguns paranaenses também participaram da manifestação. Um deles foi o comerciante José Francisco Gonçales, 46, que segurava a faixa com a frase “ali babá dos bitcoins”. Ele investiu R$ 30 mil nas plataformas de criptomoedas do grupo.

Manifestação em frente ao Bitcoin Banco. Foto: Lucas Marins/Livecoins
Manifestação em frente ao Bitcoin Banco. Foto: Lucas Marins/Livecoins

“Cheguei a fazer empréstimo no banco, pois acreditei na ideia da empresa, já que diversas celebridades deram garantias sobre o Claudio Oliveira e o Grupo Bitcoin Banco. Agora, estou negativado, pois não consigo pagar os R$ 2.000 mensais do empréstimo”, disse ele, que tem um filho de seis meses.

Uma das principais celebridades que recomendou a empresa foi o apresentador de TV Amaury Jr.

Entenda a crise no Grupo Bitcoin Banco

Desde maio deste ano, investidores não conseguem realizar saques nas exchanges da empresa. Na época, o grupo alegou que foi vítima de uma ação criminosa de clientes, que aproveitaram uma brecha no sistema e duplicaram seus saldos. O prejuízo teria sido de R$ 50 milhões.

Nos últimos meses, a Polícia Militar do Paraná cumpriu mandados de busca e apreensão na sede do grupo e nos imóveis do empresário Claudio Oliveira. No mesmo mês, Oliveira também teve bens bloqueados e o passaporte retido pela justiça do Paraná.

O grupo alega ainda que os pagamentos a investidores estão travados por causa processos judiciais abertos ao longo dos últimos meses. Só na Justiça do Paraná há pouco mais de 100 ações contra a empresa e seus proprietários.

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Lucas Gabriel Marins
Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Escreve para Livecoins e UOL. Já foi repórter da Gazeta do Povo e da Agência Estadual de Notícias (AEN).

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