Com mais de R$ 15 bilhões já roubados em criptos, 2022 caminha para ser ano com mais hacks da história

No início deste ano, em fevereiro, a ponte Wormhole sofreu um exploit de US$ 325 milhões e, em março, a ponte Ronin do Axie Infinity teve um exploit de US$ 625 milhões.

Chegando nos últimos três meses do ano, 2022 tem se mostrado propício para ataques hackers. Mesmo com um grande esforço das autoridades para combater os esquemas, os cibercriminosos ainda conseguem um lucro bilionário, e 2022 caminha para se tornar o ano mais rentável para hackers na história.

De acordo com dados do Chainalysis, somente em outubro, US$ 718 milhões foram roubados de protocolos financeiros descentralizados, com isso, 2022 pode entrar para a história como o ano mais lucrativo para os criminosos.

“Outubro se tornou o mês com maior número de hacks, com mais de meio mês ainda para decorrer. Até agora, US$ 718 milhões foram roubados de protocolos DeFi em 11 ataques diferetnes.”

“Nesse ritmo, 2022 provavelmente vai superar 2021 como o ano mais rentável na história dos ataques hackers. Até agora, hackers já lucraram mais de US$ 3 bilhões de dólares em cerca de 125 ataques.”

Como mostrado pela Chainalysis, o setor de DeFi é um grande alvo para os hackers. Isso acontece não apenas devido à facilidade de movimentar o dinheiro de forma mais “escondida”, mas também por o setor ser consideravelmente novo e, por isso, possui muito mais vulnerabilidades do que o resto do mercado.

“Em 2019 a maioria dos alvos hackers eram exchanges centralizadas e a prioridade em segurança acabou se desenvolvendo. Agora a maioria dos ataques têm como alvo protocolos DeFi.”

Pontes de cross-chain são alguns dos principais vetores de ataque

Segundo os dados da Chainalysis, a grande maioria dos ataques aproveita vulnerabilidades em pontes cross-chain, que são as pontes usadas para a comunicação entre blockchains.

“Pontes cross-chain continuam como um grande alvo para os hackers, com 3 pontes tendo sido exploradas esse mês, quase US$ 600 milhões roubados, responsáveis por 82% das perdas esse mês e 64% das perdas em todo o ano.”

Um dos ataques mais notáveis desse tipo aconteceu contra a Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, com um hack de acabou custando US$ 100 milhões para a corretora.

No início deste ano, em fevereiro, a ponte Wormhole sofreu um exploit de US$ 325 milhões e, em março, a ponte Ronin do Axie Infinity teve um exploit de US$ 625 milhões.

Com isso, o DeFi tem se mostrado um setor arriscado, que está entre receber vários investimentos pela novidade e demonstrar muitos riscos devido a sua falta de maturidade, principalmente em relação à segurança.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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