CEO da Binance explica roubo de R$ 3 bilhões da rede BNB

Embora a quantia total do ataque chegue a R$ 3 bilhões em BNB, Changpeng Zhao afirma que eles já conseguiram reduzir tais perdas em mais de 5 vezes até o momento.

Com um semblante mais sério do que em outras entrevistas, o fundador da Binance conversou com a CNBC sobre o hack de US$ 570 milhões (R$ 3 bilhões) em BNB, criptomoeda criada por sua corretora em junho de 2017.

Segundo Changpeng Zhao, a rede da BNB continua segura como sempre e nunca foi atacada. Ou seja, o hack ocorreu entre a ponte que converte BNB de uma blockchain para outra.

Atualmente este é o serviço em que os hackers mais estão gastando esforços para invadir, e está dando certo. Sem nem mesmo contar o recente hack da BNB, este número já estava em US$ 2 bilhões (R$ 10,5 bi) neste ano.

Changpeng Zhao fala sobre hack bilionário em BNB

Embora a quantia total do ataque chegue a R$ 3 bilhões em BNB, Changpeng Zhao afirma que eles já conseguiram reduzir tais perdas em mais de 5 vezes até o momento.

“Como indústria, temos que aprender com este tipo de erro e fazer nosso código mais seguro. Códigos de software nunca estão livres de bugs. Mas no mundo da blockchain, quando existe um bug, isso pode gerar perdas muito grandes. Este é um caso, mas conseguimos minimizar bastante o estrago, para menos de 100 milhões [de dólares] até agora.”

Como destaque, o fundador da Binance afirma que eles já estão trabalhando com empresas de segurança para rastrear os fundos. Ou seja, caso tais quantias sejam depositadas em exchanges, as mesmas podem congelar os montantes, colocando-os em disputa jurídica.

Com a notícia do hack, o preço do BNB rapidamente refletiu o evento, caindo quase 5% em menos de uma hora. De qualquer forma, as rápidas ações das pessoas envolvidas no projeto foram suficientes para acalmar os investidores.

“Neste caso, a blockchain do BNB não foi hackeada. [O ataque ocorreu] na ponte cross-chain, que fica entre duas blockchains, permitindo que usuários troquem um token por outro”, comentou Changpeng Zhao, fundador da Binance à CNBC.

Antes do ataque a BNB, tais ferramentas já estavam sendo amplamente exploradas por hackers. Até então, o montante roubado ultrapassava os R$ 10 bilhões apenas em 2022, número que aumentou em 30% com este novo incidente da BNB.

Quantia envolvida em hacks de pontes já era de mais de R$ 10 bilhões antes do caso da Binance. Fonte: Chainalysis.

A vulnerabilidade de pontes entre blockchains justifica seu uso?

Dado os montantes bilionários envolvidos em falhas de seguranças destes protocolos, é necessário se perguntar se estas pontes realmente são necessárias para a indústria.

Sua maior justificativa é oferecer interoperabilidade entre duas ou mais redes. Ou seja, você pode querer, ou até mesmo precisar, usar certo token na rede Ethereum para utilizar algum serviço, como DeFi, ou então usá-lo na Binance Smart Chain (BSC) para mover seus fundos sem se preocupar com as taxas de transações.

Portanto, o uso de pontes parece indispensável no ponto em que estamos. Como relatado pelo próprio fundador da Binance, tais erros servem para que a indústria aprenda e se torne mais segura, sem desistências.

“Na última noite, tiveram algumas atualizações de emergência que foram implementadas. Acredito que nos próximos dias haverão outras atualizações.”

Sobre os fundos, Zhao destaca que a própria comunidade deverá votar para decidir como prosseguir com os fundos ligados ao hack.

“Também existem alguns votos para decidir o que será feito com os fundos do hack, sendo isso votado pela comunidade.”

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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