Infelizmente nem todos têm a cabeça ou a possibilidade de acumular preciosos frações de bitcoin regularmente.
Pode parecer simples a estratégia de realizar aportes mensais de forma regular. Afinal, é quase impossível vencer a volatilidade, a forte variação nas cotações das criptomoedas.
Isso porque a dor de ver seu patrimônio ceder 50% na moeda fiduciária é demais para alguns. Além disso, surgem situações na vida onde o benefício financeiro do Bitcoin não compensa o prejuízo mental.
Dívidas e agiotagem
Poucos vão lhe contar a verdade, mas dever dinheiro, seja para banco, familiar, amigos, ou agiota, é desagradável.
Óbvio, existem pessoas que são naturalmente “despreendidas”, quando o assunto é dinheiro “dos outros”.
No entanto, a pressão psicológica é insuportável para a maioria, e isso destrói relacionamentos, famílias, e vidas.
Nesse caso, se você tiver criptos guardadas, sugiro vender tudo para sair da dívida. Não fique na esperança de um “rally mágico” em alguma moeda para “salvar sua vida”.
Educação de filho(a)s
Volte no tempo quando você tinha 18-25 anos. Você trocaria a educação que recebeu, incluindo o convívio com pessoas bem informadas, experiências, cursos, e ensino de qualidade, por 1 milhão de dólares?
Não há investimento melhor que educação para seus descendentes. Se essa pessoa for um imbecil, será incapaz de sobreviver, mesmo com uma boa quantidade de bitcoins guardados.
Até mesmo para você, passar tempo com seus filho(a)s é fundamental para transmitir os valores que considera corretos.
Ou seja, não basta pagar a melhor escola e largar na mão dos outros, e por esse motivo, trabalhar menos pode sim ser uma prioridade.
Sua própria saúde
Vai juntar uma grana violenta à troco da sua coluna? Da sua saúde? Pense bem. Não adianta ter cold wallets recheadas se a grana será utilizada em remédios e tratamentos para reduzir a dor, ou pior, ficar com graves sequelas.
A promessa do ETF do Bitcoin existe desde 2013. Esse “triplo halving” que os vendedores de sonho falam no Ethereum não existe, e a prova disso é que sua performance é idêntica ao do Bitcoin em 30 e 60 dias.
Desemprego e perda de renda
Pode ser que você tenha uma poupança até razoável, somando todos os ativos, suficientes para aguentar 12 meses sem renda. No entanto, é bem claro as chances de precisar resgatar seu investimento no período.
Nesse caso, com um custo de vida em Reais, e alto risco de necessidade de venda, o melhor investimento é sair de criptos.
Talvez não tudo de uma única vez, mas ao menos metade.
Se o mercado entrar numa espiral de queda, a pressão psicológica de não ter renda, e assistir ao valor da carteira caindo em Reais pode causar uma espiral emocional negativa.