A Autoridade Monetária de Singapura (MAS) emitiu uma série de diretrizes nesta segunda-feira (17) para “desencorajar o comércio de criptomoedas pelo público geral”. Dentre o principal foco está a remoção de anúncios e caixas eletrônicos que trabalham com criptomoedas.
A nota acontece ao mesmo tempo em que o Reino Unido redobra sua atenção em anúncios de criptomoedas. Coincidência ou orquestrada, ambas ações são bem semelhantes e, por fim, notam que são a favor da inovação trazida por esta tecnologia.
De forma resumida, hoje os governos possuem três opções: banir, adotar ou regular as criptomoedas. Muitos estão optando pelo último caminho, dando espaço para seu crescimento e ao mesmo tempo mitigando possíveis golpes relacionados.
Singapura foca em propagandas e caixas eletrônicos
Em nota publicada nesta segunda-feira (19), a Autoridade Monetária de Singapura (MAS) afirma que seu objetivo é limitar a exposição de tais produtos ao público geral, que não possui conhecimento devido e pode acabar investindo em tais ativos por impulso.
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“A MAS observou que alguns provedores de serviços de DPT (token de pagamento digital) têm promovido ativamente seus serviços por meio de anúncios online e físicos ou por meio do fornecimento de caixas eletrônicos físicos (ATM) em áreas públicas. Isso poderia incentivar os consumidores a negociar DPTs por impulso, sem entender completamente os riscos associados.”
Com isso, a comodidade de comprar criptomoedas usando um caixa eletrônico acaba, ao menos em Singapura, antes mesmo de ganhar tração.
Indo além, as diretrizes apontam outros dois tópicos. O primeiro deles está relacionado a campanhas de marketing online, bem como na forma física através de anúncios em ruas públicas.
Essa fala é muito semelhante à ação do Reino Unido após as propagandas da Floki Inu. E as semelhanças vão além, com ambos citando que gostam da inovação trazida por esta tecnologia.
“A MAS incentiva fortemente o desenvolvimento da tecnologia blockchain e a aplicação inovadora de tokens de criptomoedas que possuem casos de uso que adicionam valor.”
Por fim, o segundo ponto afirma que apenas exchanges aprovadas poderão fornecer tais serviços no país. Novamente visando proteger seus cidadãos.
Criptomoedas vieram para ficar
Devido à alta popularidade do Bitcoin e outras criptomoedas, agora os governos não têm muitas opções em relação a este assunto. De forma simplificada, eles podem banir, regular ou adotá-las.
O primeiro deles pode ser visto como uma forma de ditadura, assim como aconteceu na China. Todavia, seus cidadãos continuam usando criptomoedas, já que é impossível que o governo tenha tamanho controle.
Adotá-la alguma, como El Salvador fez com o Bitcoin, também parece um tanto rígido. Por sorte os salvadorenhos estão usando BTC e não BCH, por exemplo.
Já o terceiro caminho, parece o mais razoável. Regular setores que trabalham com criptomoedas, permitir que cidadãos negociem elas e, como brinde, governos cobram impostos sobre os ganhos tanto dos indivíduos quanto das empresas.