Bitcoin cai abaixo de 36 mil dólares, criptomoedas acompanham

Ficando abaixo dos 40.000 dólares após uma queda que teve início na noite anterior, o Bitcoin encontra-se em uma faixa de preço não vista desde agosto do ano passado. Apesar de estar cotado em 38.500 dólares no momento, esse não parece ser o fundo.

Embora não existam muitos motivos recentes para esta queda, tirando o BC da Rússia tentando banir a mineração e uso geral, é importante notar que este sentimento de baixa começou ainda em novembro.

Desde então, o Bitcoin caiu 44% e cerca de 8% apenas nas últimas 24 horas. A razão pode ser o aumento na taxa de juros, realizadas em diversos países que buscam controlar a inflação.

Governos controlando inflação

Conforme uma das maiores propriedades do Bitcoin é ser um ativo com oferta controlada, com 21 milhões de unidades, muitas pessoas estão começando a usá-lo como uma proteção contra a perda de poder de compra das moedas fiduciárias.

Como exemplo, uma das maiores economias do mundo, os EUA, registraram uma inflação não vista há quatro décadas. Sendo um ótimo motivo para o Bitcoin ter marcado uma alta de 66% durante 2021.

Apesar disso, o preço do Bitcoin vem caindo desde novembro, quando atingiu seu topo histórico de 69.000 dólares. O motivo pode estar novamente relacionado a inflação, desta vez por conta da redução de estímulos do Fed como o aumento na taxa de juros.

Com um forte sentimento de baixa, nem mesmo a possível entrada do Google no setor de criptomoedas ou as máquinas de mineração da Intel conseguiram empurrar seu preço para cima nesta semana. E isso pode ter sido um bom indicador para os mais experientes.

Bitcoin derruba todo mercado

Após as perdas acumuladas do setor terem atingido a marca de 1 trilhão de dólares, o mercado de criptomoedas perde mais 200 bilhões nesta sexta-feira (21).

Marcado por um pico de U$ 3 trilhões em novembro, agora a capitalização de todo mercado está em U$ 1,8 tri. Como comparação, quando no topo, o Bitcoin sozinho estava valendo 1,27 trilhão.

Dentre as 10 maiores, todas estão apresentando quedas maiores que o Bitcoin. A segunda maior, o Ethereum, perdeu seu suporte dos 3.000 dólares e já amarga uma queda diária de 11%. O mesmo acontece com todas outras como BNB, Cardano, Solana e XRP.

Com isso, mesmo que estas moedas focadas em contratos inteligentes tenham uma função diferente a do Bitcoin, seu destino está novamente sendo guiado por ele. Portanto, caso você negocie altcoins, não esqueça de olhar para o BTC antes.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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