MetaMask ajudará investidores a rastrear criptomoedas roubadas

Apesar de ser um esforço bem louvável, ainda é preciso ver como a ferramenta vai realmente funcionar, já que o processo de recuperação vai muito além de simplesmente rastrear as criptomoedas.

Uma das principais críticas e preocupações em relação com o criptomercado é o fato de que, em caso de perdas e principalmente roubos, é quase impossível recuperar os ativos. Com ataques hackers sendo comuns dentro no mercado, essa é uma preocupação bem recorrente entre os milhões de investidores participantes da indústria.

A MetaMask, a principal carteira de criptomoedas para DeFi, junto da Asset Reality, querem mudar esse cenário, com uma parceria para tentar criar um novo serviço que pode tornar o processo de rastreio e recuperação de criptomoedas algo muito mais simples, ajudando a melhorar consideravelmente a taxa de recuperação de criptomoedas roubadas.

Na última quinta-feira, a MetaMask anunciou um plano para colocar as vítimas de hackers em contato com a Asset Reality.

A nova funcionalidade pode ser encontrada em uma seção no site MetaMask por meio da qual os usuários podem relatar ativos perdidos através de ataques hackers e fornecer detalhes sobre como o hack aconteceu.

Assim que a solicitação for criada, um especialista em segurança cibernética da Asset Reality entrará em contato com a vítima e tomará as medidas para devolver a criptomoeda ao usuário.

A empresa de investigação focada em criptomoedas passa então a auxiliar diretamente as vítimas a entenderem o que aconteceu, reunirem provas e, em alguns casos, colocá-las em contato com advogados, serviços forenses, policiais e autoridades que possam recuperar o valor roubado.

Novo serviço quer ser esclarecedor para clientes prejudicados

Alex Herman, especialista em segurança da MetaMask, disse em entrevista ao Decrypt que a parceria surgiu depois que o chefe de operações da MetaMask, Jacob Cantele, ficou frustrado com os serviços de recuperação de criptomoedas que existem atualmente, de acordo com Herman, a frustração vem do fato de que esses serviços de recuperação muitas vezes são bem confusos, outras são até mesmo golpes.

“Queremos fornecer uma luz orientadora. A MetaMask está pagando por isso como um serviço estendido a nossos usuários.

Nós cobriremos uma investigação de primeiro nível”, disse Herman

Apesar de ser um esforço bem louvável, ainda é preciso ver como a ferramenta vai realmente funcionar, já que o processo de recuperação vai muito além de simplesmente rastrear as criptomoedas.

Muitos hackers atuam em países estrangeiros, que muitas vezes nem ao menos se entendem bem com o governo dos EUA ou de países da OTAN. Sendo assim, a parte da recuperação pode ser bem muito mais difícil do que a Metamask está antecipando.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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