Pirâmide financeira: advogado Artêmio Picanço explica como não cair no golpe

Golpistas enganam as vítimas com a promessa de dinheiro fácil.

Os altos níveis de desemprego e endividamento do País compõem o cenário perfeito para que golpistas pratiquem esquemas de pirâmide financeira, nos quais muitas pessoas, enganadas com a promessa de obter rendimentos elevados, saem prejudicadas.

Atualmente, não é incomum as pirâmides serem formadas por meio das redes sociais e dos aplicativos de mensagens, como o WhatsApp. Desse modo, é preciso ficar atento para não ser vítima de um golpe.

Em resumo, as pirâmides financeiras são esquemas fraudulentos que se sustentam ao recrutar novos participantes. Ludibriadas, as pessoas investem uma determinada quantia com a promessa de receber rendimentos volumosos. Além disso, ao trazer um novo integrante, o participante obtém um bônus. Contudo, nenhum produto que ampare o negócio é, de fato, comercializado.

“Embora achem que o dinheiro investido esteja gerando lucros, os participantes mais antigos, na verdade, são pagos com o dinheiro da entrada de novos integrantes. Contudo, a pirâmide cresce até o ponto em que falte recursos para todos. Neste momento, o esquema quebra e a maioria das pessoas sai no prejuízo”, explica o advogado Artêmio Picanço, especializado em Combate a Golpes Digitais.

Segundo o especialista, para evitar cair na armadilha da pirâmide, é preciso ser cético quanto à possibilidade de obter ganhos exorbitantes.

“Infelizmente, para ganhar a confiança do participante, é comum os golpistas pagarem, logo após a entrada no esquema, somas consideráveis, o que também é uma forma de fazerem com que o participante invista mais e mais”, sinaliza o advogado.

Além disso, Artêmio Picanço ressalta que, em geral, a rentabilidade oferecida pelo esquema supera às de aplicações financeiras tradicionais.

“Dinheiro fácil não combina com risco baixo. Isso vai contra as leis do mercado. No entanto, é um ardil comum nos esquemas de pirâmide”, salienta.

O especialista também aponta que os golpistas evitam falar sobre o produto da empresa ou inventam uma mercadoria que não existe para enganar o potencial participante.

Ademais, a possibilidade de o investidor convidar novos integrantes evidencia que se trata de um negócio fraudulento.

“O golpista tenta mexer com o aspecto psicológico da vítima. Ele diz que, se a pessoa não investir logo, perderá uma grande oportunidade financeira. Isso nada mais é do que um sinal claro do golpe”, destaca o advogado.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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