Embora a Ripple (XRP) tenha permanecido entre as três maiores criptomoedas do mercado durante vários anos, um processo da CVM americana contra a Ripple Labs Inc. pode ter afugentado investidores, fazendo seu preço não decolar no último ciclo de alta das criptomoedas.
Iniciado em dezembro de 2020, o processo alega que a Ripple arrecadou fundos de maneira ilícita para financiar o desenvolvimento de sua moeda, além de outras acusações.
Com o processo estendendo-se por mais de um ano de meio, o CEO da Ripple parece estar cansado das regulamentações americanas. Em conversa com a Axios, Brad Garlinghouse afirmou que a empresa sairá dos EUA caso perca o processo.
“Não é que podemos [sair], nós vamos.”
Criada em 2013 para servir como uma blockchain para bancos, a Ripple é uma das criptomoedas mais antigas e duradouras do mercado. Embora tenha caído desde o início do processo, a XRP ainda se mantém entre as 10 maiores após três grandes ciclos, diferente da maioria.
Apesar de a Ripple não ser considerada como uma criptomoeda por diversos investidores, devido a sua maior centralização e modelo monetário, a XRP conseguiu atrair a atenção até mesmo de Jordan Belfort, trader que inspirou a criação do filme O Lobo de Wall Street.
Ripple tem futuro fora dos EUA?
Atualmente, algumas exchanges já deixaram de oferecer negociações de XRP em sua plataforma por conta do processo aberto pela SEC contra a Ripple, o que pode ter refletido em seu preço.
Portanto, a saída da empresa para outro país pode não ser a melhor alternativa, porém parece ser a única que Garlinghouse possui caso perca a ação judicial. Afinal, os EUA são a maior economia do mundo e abdicar disso é deixar dinheiro sobre a mesa.
Portanto, vencer o processo parece ser a única chance da Ripple continuar viva, caso contrário será difícil encontrar parceiros e investidores.
Além disso, a resolução deste processo pode influenciar em decisões futuras sobre outras criptomoedas, também tratando-as como valores mobiliários. Segundo declarações elaboradas nesta segunda-feira (28) pelo presidente da CVM americana, apenas o Bitcoin e algumas outras moedas são consideradas commodities, portanto, o futuro parece óbvio.