Vários bancos brasileiros entraram no mercado de bitcoin e criptomoedas nos últimos meses, tendo agora de assistir a duras quedas. Alguns executivos responsáveis pelas plataformas foram então questionados sobre o duro momento do mercado.
Nesta segunda-feira (29), por exemplo, o Bitcoin segue caindo em Dólar e buscando a cotação de US$ 19.700,00, uma queda de 1,15% em apenas 24 horas.
De fato, muitos estão preocupados com o preço da maior digital e como isso pode afetar todo o mercado de criptomoedas.
O próprio CEO da Binance, CZ, a maior corretora de bitcoin em volume, declarou que a queda atual do mercado não apaga o passado positivo.
Bancos brasileiros não estão preocupados com queda do bitcoin
Nos últimos meses vários bancos brasileiros se movimentaram rumo ao mercado de criptomoedas. Alguns deles, como o Nubank, por exemplo, já lançaram a negociação de bitcoin e outras moedas para sua base de clientes.
Além disso, o banco comprou 1% de seu tesouro em bitcoin indicando confiar no futuro da moeda digital. Contudo, a queda chegou ao mercado e muitos se perguntam como os bancos estão vendo esse movimento.
De acordo com a Folha de São Paulo, Thomaz Fortes, líder do Nubank Cripto, entende que a volatilidade dos preços das criptomoedas não refletem a perspectiva futura da tecnologia. Dessa forma, o banco digital segue confiando no longo prazo e não se mostra preocupado no curto prazo.
Fortes lembrou ainda que movimentos passados de alta ou baixa não refletem o futuro, mas a adoção da tecnologia segue com grande tendência de alta.
Executivo do BTG Pactual vê volatilidade a parte
Nos últimos dias, o BTG Pactual foi outro banco que lançou sua própria corretora de criptomoedas, inicialmente listando Bitcoin, Ethereum, Solana, Cardano e Polkadot.
Também em conversa com a Folha, André Portilho, chefe de ativos digitais do BTG Pactual, lembrou que o potencial das criptomoedas é mudar a indústria financeira, criando negócios.
Assim, ele entende que a volatilidade é apenas uma parte do ecossistema, métrica essa influenciada por fatores externos da tecnologia, como a alta nos juros dos Estados Unidos, por exemplo. Para Portilho, a demanda por soluções com criptomoedas segue importante.
Vale lembrar que além dos bancos já posicionados em criptomoedas, outros mais devem chegar em breve. É o caso do Itaú, que já indicou que pretende lançar negociações de bitcoin para sua base de clientes, além de estar criando um projeto de DeFi com stablecoins para o Banco Central do Brasil.
Outro que deve chegar no setor é o Santander Brasil, que seu presidente no país já declarou a intenção publicamente.
Dessa forma, mesmo com o bitcoin e demais criptomoedas em queda, os bancos brasileiros que apostam no setor seguem confiantes.