Candidato a Deputado Federal, Glaidson Acácio, o faraó dos bitcoins, não foi eleito no estado do Rio de Janeiro, apesar de ter conseguido de 37 mil votos.
Preso e acusado de crimes contra o sistema financeiro nacional, com uma empresa em recuperação judicial e milhares de clientes sem receber há mais de um ano, Glaidson fez sua campanha da prisão.
Ele tentou passar a imagem de um homem correto para seus eleitores ao buscar um partido cristão, visto que é um ex-pastor e sabe como discursar ao público.
Contudo, isso não foi suficiente para lhe garantir uma cadeira no Congresso Nacional.
Faraó dos bitcoins não é eleito e sua candidatura pode ter todos votos anulados
Com sua campanha feita praticamente pelos seus advogados, Glaidson Acácio dos Santos conseguiu o apoio de 37.935 eleitores que compareceram nas urnas no dia 2 de outubro de 2022.
Caso fosse um candidato regularizado, ele poderia até ter chances de assumir como deputado federal se o quociente eleitoral e partidário lhe dessem tais condições.
Apesar disso, o site do TSE divulgou que o faraó dos bitcoins não foi eleito, sendo sua candidatura “Anulada Sub Judice”.
De fato, chama atenção que Glaidson obteve mais votos que o candidato eleito Sargento Portugal (Podemos), que recebeu 32 mil votos, mas como o faraó dos bitcoins não tinha uma candidatura aprovada, não conseguiu ir adiante.
Caso a justiça eleitoral indefira sua campanha, ele pode ter todos os 37 mil votos anulados e seu partido perderá a soma do quociente eleitoral. Essa decisão deve sair em breve, ainda que Glaidson já tenha sido considerado Não Eleito e pouco deve mudar então.
O que significa “anulado sub judice”?
Antes da eleição, o status da candidatura de Glaidson Acácio dos Santos aparecia como indeferido sub judice. Isso porque, ele aguarda a justiça eleitoral dar um parecer a sua campanha, ainda que a Procuradoria tenha pedido pela anulação de sua candidatura.
Como anulado sub judice, o faraó dos bitcoins aguarda se será indeferido ou deferido sub judice. Caso seja indeferido, seus votos são anulados e é como se ele não tivesse sido candidato.
Mas caso ele tenha sua candidatura deferida, seu partido poderá aproveitar seus votos para o quociente eleitoral.
Não eleito de qualquer forma, o faraó dos bitcoins segue preso e respondendo aos processos movidos por ex-clientes que o acusam de golpes financeiros, assim como da justiça federal.