Uma fazenda de mineração de criptomoedas na Argentina começou a utilizar um gás que seria “jogado fora” e poderia poluir o meio ambiente caso isso ocorresse, mostrando que a sustentabilidade tem sido procurada pelo setor.
Nos últimos anos, a mineração de criptomoedas foi acusada de ser uma atividade que polui o meio ambiente, principalmente as moedas que utilizam equipamentos com um alto consumo energético.
Por conta dessas críticas, a mineração de Ethereum mudou seu algoritmo recentemente e agora poderá reduzir em até 95% seu consumo de energia. Contudo, a segurança da rede e a centralização da mesma ainda é uma preocupação latente dessa comunidade, que ainda está com receios da mudança.
Ou seja, a mineração com prova de trabalho ainda segue obtendo destaque e pode ser uma das principais formas de garantir a segurança de uma rede descentralizada hoje.
Mineração de criptomoedas na Argentina utiliza gás que seria jogado fora
Nos últimos dias, a comunidade mundial de bitcoin viu alguns mineradores utilizando óleo de cozinha usado para minerar.
Um estudo recente apontou que a mineração de bitcoin utiliza energias diversificadas e tem evoluído na redução de consumo de fontes poluidoras. Com isso, fica claro que a comunidade segue perseguindo métodos sustentáveis para garantir a segurança da rede.
Assim, na Argentina, a agência nacional de notícias Telám Digital informou que a empresa YPF Luz está gerando novas formas de energia para uma fazenda de mineração.
Essa empresa nacional argentina opera com uma instalação em Vaca Muerta, e começou um projeto-piloto de geração de eletricidade a partir de gás residual ou gás de ventilação (“flare”) da produção de hidrocarbonetos, para suprir a mineração de criptomoedas que um cliente internacional realiza a partir da mesma formação.
Normalmente, esses gases são jogados fora e poluem o meio ambiente, mas agora podem estar gerando energia para mineração de criptomoedas na Argentina, com apoio da estatal YPF.
CEO da estatal da Argentina disse que projeto é importante
Para comentar sobre o assunto, Martín Mandarano, CEO da YPF Luz, disse ao portal Infobae que o projeto piloto está em fase inicial de estudos, embora já tenha se mostrado muito promissor.
Devido a isso, a YPF já está construindo uma operação 8 vezes maior que a primeira em Bajo del Toro, outra região que a empresa opera e que deve receber essa forma de geração de energia.
O único problema da atual solução é que as máquinas devem ficar próximas aos poços de perfuração de petróleo, visto que não há um canal de distribuição dessa energia para grandes distâncias. Por isso, a solução inicial ainda está em fase de estudos e testes de viabilidade, mas já mostram novas fontes renováveis de energia.