A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) restringiu o patrocínio de uma corretora de criptomoedas suspeita de fraude durante a Copa 2022. No ano passado, a Bitci se aproximou pela primeira vez do Brasil, embora não fosse uma plataforma conhecida.
De origem turca, o contrato com a CBF previa várias novidades para a seleção brasileira, inclusive a venda de NFTs.
Na ocasião, a própria CBF anunciou em sua página que a corretora criaria a criptomoeda oficial da seleção brasileira.
O então presidente em exercício da CBF, Antônio Carlos Nunes, declarou que “junto com a Bitci, temos a oportunidade de alavancar a interação com os fãs da Seleção Brasileira em todo o mundo. Iremos conectar a paixão pela seleção nacional mais popular do planeta com experiências, conteúdo e benefícios“.
A seleção brasileira se prepara sob o comando de Tite para a estreia na Copa do Mundo no Catar na próxima quinta-feira (24). Durante a partida, é possível que a marca da ex-parceira já não possa mais aparecer.
CBF rescinde com corretora de criptomoedas suspeita que não vinha honrando pagamentos
De acordo com informações divulgadas pelo site Máquina do Esporte, a CBF se cansou da corretora de criptomoedas Bitci. Assim, o contrato foi rescindido e a seleção brasileira não deve mais exibir a marca em suas aparições públicas.
Em junho de 2021, o acordo previa inclusive o lançamento de NFTs envolvendo a seleção brasileira masculina, feminina, sub-15, sub-17 e sub-20.
Ou seja, a parceria era ampla e mostraria a corretora turca em todo o mundo, sendo essa a primeira empresa de criptomoedas a patrocinar a CBF.
Com os atrasos de pagamentos nos últimos meses, a CBF tentou conversar com a empresa, mas a situação não foi resolvida. Uma possível rescisão já havia sido cogitada quando Tite convocou a seleção brasileira para a Copa do Mundo, e a imagem da Bitci não foi exibida durante a coletiva.
Antes de atrasar repasses para a CBF, a Bitci atrasou pagamentos a McLaren da Fórmula 1 e dois clubes de futebol na Europa. Publicamente, a CBF não comentou sobre a rescisão.
Além da CBF, a Bitci tem como parceiros os clubes Fortaleza, Coritiba, Ceará, Sport e Vitória, todos no Brasil. Não está claro se os atrasos se estendem aos times, mas publicamente a corretora ainda não se manifestou sobre o assunto.
Fan token da seleção brasileira desaba
Após a vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina na terça-feira (22), a criptomoeda da Seleção Brasileira se tornou a mais valorizada entre fan tokens de seleções.
Contudo, os rumores sobre a rescisão de contrato da CBF com a Bitci levou a criptomoeda BFT a cair 15% nas últimas 24 horas. Dados apurados pelo Livecoins indicam que 2.947 carteiras ainda detém a criptomoeda.