A Polícia Civil do Rio Grande do Sul acabou com mais um esquema de pirâmide financeira prometendo lucros fáceis com criptomoedas a investidores das cidades de Passo Fundo e Santo Ângelo.
A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Passo Fundo. Durante as investigações, a polícia descobriu que a ação criminosa ocorria no norte e noroeste do estado gaúcho, lesando vários investidores.
Assim, na manhã da última sexta-feira (03), a Polícia Civil deu cumprimento a seis mandados de busca e apreensão nas cidades.
Entenda o caso da pirâmide de criptomoedas que a polícia civil investiga
As investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS), apontam que os responsáveis cometeram crimes de apropriação indébita, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Apenas uma vítima aportou 1,2 milhão de reais no esquema fraudulento, acreditando que teria um alto retorno mensal de seu dinheiro.
Para convencer as vítimas, os líderes da pirâmide financeira diziam investir no mercado de criptomoedas. Nos últimos anos, muitas empresas captaram recursos no mercado, principalmente de investidores iniciantes.
Contudo, após algum tempo, as vítimas solicitavam os valores de volta, momento em que o golpe acabava sendo confirmado. A PCRS não divulgou quantas vítimas caíram no esquema fraudulento no estado, nem qual valor a empresa suspeita pode ter captado das vítimas.
Por fim, durante a ação da última sexta, a polícia civil apreendeu diversos contratos e outros documentos que poderão ajudar durante as investigações. Além disso, dólares em espécie, celulares e computadores também foram apreendidos e poderão ajudar a esclarecer melhor a fraude.
Outros dois veículos, um Audi Q5 e um Kia Ceratto foram apreendidos, assim como R$ 7 mil das contas bancárias de 5 suspeitos de participar do crime. Vale lembrar que, como as investigações seguem ocorrendo, o nome da empresa e dos suspeitos não foram divulgados.
Pirâmides financeiras no Rio Grande do Sul
Nos últimos anos, várias pirâmides financeiras atacaram no Rio Grande do Sul, lesando inúmeros investidores que confiaram em empresas fraudulentas.
Dentre elas, na região do Vale dos Sinos, as mais famosas acabaram sendo os esquemas da Unick Forex e da Indeal, que prometiam altos rendimentos mensais com a imagem das criptomoedas. Enquanto a primeira caiu sob a Operação Lamanai, a segunda acabou encerrada meses antes, pela Operação Egyto, ambas da Polícia Federal.
Os casos mostram que, mesmo após atuação da PF no estado, novas pirâmides seguem atuando, devendo investidores interessados no mercado de criptomoedas permanecerem atentos.
