O chefe do Instagram, Adam Mosseri, executivo da Meta (ex-Facebook), tem supervisionado um projeto de rede social descentralizada da companhia. Sem muitas informações públicas, não está claro se o projeto testa tecnologias blockchain e criptomoedas como meio de pagamentos.
Com o codinome P92, o projeto secreto da Meta chega em um momento em que o Twitter ganha imensa popularidade sob o comando do bilionário Elon Musk. Fã declarado das criptomoedas, Musk comprou a rede social e já lançou uma moeda própria, sem fazer alarde.
Além disso, o fundador do Twitter, Jack Dorsey, lançou sua própria rede social, a BlueSky, já nas lojas da Apple. Ou seja, com a concorrência aumentando para seus produtos, a Meta se move e pode apresentar inovações.
Porta-voz da Meta confirma desenvolvimento de rede social descentralizada
Na virada da Web2 para a chamada Web3, espera-se que as Big Techs criem seus produtos com versões descentralizadas, ou pelo menos, mais abertas e transparentes ao público.
Com isso, um porta-voz da Meta confirmou ao TechCrunch que a companhia estuda uma nova rede social descentralizada de textos. O objetivo pode ser o de concorrer com o Twitter, Nostr e outras redes que surgem a cada dia.
A rede descentralizada e autônoma pode dar a oportunidade de pessoas e influencers compartilharem novidades com textos curtos, mantendo seus seguidores atualizados.
De acordo com a Platformer, o projeto conta com a supervisão do chefe do Instagram, uma das mais populares ferramentas do grupo Meta.
No futuro, uma rede social descentralizada pode criar oportunidades de integração com outras ferramentas da Meta, que tem em seu portfólio os sucessos do WhatsApp, Instagram, Facebook e Messenger.
Falta uma grande rede social descentralizada no mercado
Com o tema em alta, tornou-se comum ver o surgimento de redes sociais descentralizadas, inclusive com grandes apoiadores.
Contudo, nenhuma delas conseguiu um grande sucesso com usuários. A Fediverse, por exemplo, que tem 2,6 milhões de usuários, segundo o TechDirt, é uma com as maiores bases do setor.
Já o Facebook, uma rede social centralizada, tem mais de 2 bilhões de usuários no mundo. Não está claro quando as redes sociais poderão se tornar descentralizadas e, ao mesmo tempo, despertar a atenção das pessoas, mas tudo indica que as tecnologias das criptomoedas devem fazer parte do setor.
Chama atenção para a nova rede social da Meta, no entanto, o passado de fracassos da empresa ao buscar inovações. Nomes como “Facebook Paper”, “Facebook Slingshot”, “Facebook Home”, “Facebook Poke”, entre outros mais, que muitos não conhecem e nem se lembram que um dia existiram. Ou seja, o novo produto deverá ser bem testado antes de chegar ao mercado para evitar figurar na vasta estante de fracassos da empresa.