A Polícia Civil de Goiás prendeu um líder de um esquema de pirâmide financeira em Goiânia (GO), na última terça-feira (21). Durante o cumprimento de mandados da “Operação Dissimulato“, o suspeito foi o único localizado.
Outros dois integrantes do grupo criminoso seguem foragidos e procurados pelas autoridades. Ao todo, o grupo arrecadou mais de 10 milhões de reais de suas vítimas, com promessas de lucros fixos ao mês em um período rápido.
A polícia civil já recebeu queixas de 20 vítimas do golpe na capital goiana, apurando o caso por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). As vítimas que confiaram no esquema estão em vários estados.
Pirâmide financeira de bolsa de valores, criptomoedas, apostas online tem líder preso em Goiânia
De acordo com informações da própria polícia civil de Goiás, a organização criminosa prometia lucros mensais altíssimos para suas vítimas.
Os retornos eram sustentados por supostas operações em bolsa de valores, apostas online, criptomoedas e até de comércio de aparelhos eletrônicos. Confiando no esquema, as vítimas entregavam seu dinheiro e aguardavam os lucros.
Responsável pela operação que acabou com o esquema, o delegado Khlisney Kesser apura o funcionamento do esquema. Segundo ele, após prometer grandes lucros, o mecanismo da fraude quebrou e parou de honrar com saques a clientes.
Após isso, os principais líderes fugiram e não foram mais encontrados pelos investidores, que podem ter prejuízo de até 10 milhões. A PCGo estima que muitas vítimas do esquema ainda não procuraram as autoridades, assim, o prejuízo pode ser maior.
Na operação, a polícia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em empresas e residência dos investigados. Além disso, procurou prender três líderes do esquema financeiro, mas apenas um dos envolvidos foi encontrado. Por fim, documentos apreendidos na ação e aparelhos eletrônicos poderão ajudar na investigação.
Foragidos, dois suspeitos receberam cartazes de procurados
Além do suspeito preso pela Polícia Civil de Goiás, outros dois suspeitos não foram localizados no momento do comprimento dos mandados judiciais.
Assim, Marcella Arruda Marques Faria (22) e João Vitor Bonifácio Morais (22), receberam cartazes de procurados pela PCGO. Quem denunciar os foragidos tem sigilo garantido pelas autoridades, que apuram crimes contra o consumidor.
Se condenados, os suspeitos podem pegar até 20 anos de prisão, por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros.
Em novembro de 2021, a PCGO também acabou com um esquema de pirâmide financeira e estelionato que utilizava a imagem das criptomoedas. Na ocasião, a Operação Octopus apreendeu veículos e luxo e acabou com o crime.
Vale lembrar que rendimentos fixos no mercado normalmente são fraudes, devendo investidores tomar cuidado com propostas assim.