O Banco Central do Brasil (BCB), pagou a quantia de R$ 22.376,85 para que um servidor da autarquia pudesse estudar o tema blockchain em uma empresa de Londres, capital da Inglaterra.
A empresa contratada foi a London Financial Studies, que oferece cursos avançados sobre temas financeiros. Um dos cursos ofertados é o Blockchain for Financial Markets, que tem um custo de £3.460 mil.
O curso tem duração de dois dias e ensina aos alunos o funcionamento de tokens, DeFi, contratos inteligentes, como funcionam diversos blockchains, entre outros tópicos.
Representando o Banco Central do Brasil, o aluno do curso será Rodrigo Debs, atual Assessor de Regulação Prudencial. Ou seja, não está claro se o curso já é uma preparação para a chegada da Lei 14.478/2022, ou se é uma capacitação ligada ao desenvolvimento do Real digital.
Banco Central do Brasil contratou curso de blockchain com dispensa de licitação
Em publicação no Diário Oficial da União, desta sexta-feira (31), o Banco Central do Brasil divulgou a contratação do novo curso de blockchain para seu servidor.
No entanto, chama atenção que a autarquia realizou a contratação com dispensa de licitação, entendendo se tratar de uma empresa de notória especialização.
O curso conta com assinatura do chefe João Luís Resende, do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial (Dereg).
Vale lembrar que o Marco das Criptomoedas define que o Executivo deve delegar o órgão responsável pela fiscalização das empresas do mercado. Antes de assumir seu mandado em 2023, enquanto candidato nas Eleições de 2022, o atual presidente Lula declarou que o Banco Central do Brasil que definiria as regras necessárias sobre o assunto.
Nos últimos anos, questionado sobre o assunto, o banco central declarou que adotaria uma regulação prudencial, assim como nos bancos. O foco da lei que entra em vigor em junho de 2022 é o de regular as corretoras e plataformas de criptomoedas. Além disso, deve fiscalizar crimes no mercado e punir criminalmente seus responsáveis.
Banco central investindo em capacitação sobre o tema
Além de ter que criar uma tecnologia praticamente do zero para o Real digital, baseada em blockchain, tudo indica que o BCB se prepara para fiscalizar o mercado de criptomoedas.
Com isso, a capacitação sobre o tema chama a atenção do público que acompanha a agenda de inovação do banco central.
Isso porque, se preparando para um evento sobre criptomoedas em maio de 2023, o BCB pagará R$ 58 mil para que um professor do MIT, nos EUA, venha ao Brasil palestrar sobre o tema.
Com a sequência de capacitações em blockchain e criptomoedas, DeFi, entre outros, o Banco Central do Brasil se mostra atento às inovações.