A atual guerra dos EUA contra o mercado de criptomoedas poderia até mesmo custar a reeleição aos Democratas na eleição de 2024, segundo o bilionário norte-americano Tyler Winklevoss.
Tyler e seu irmão gêmeo Cameron Winklevoss são os atuais donos da corretora de criptomoedas Gemini, que acompanha de perto a recente escalada da SEC contra a Coinbase e Binance.
Apesar de poder se beneficiar de uma eventual caça aos seus concorrentes, o bilionário preferiu apoiar o mercado e defender o fim da guerra. De acordo com ele, o presidente da SEC, Gary Gensler, está entre os principais líderes do movimento.
Além disso, a senadora Elizabeth Warren, do partido Democrata, da base do presidente Joe Biden, também lidera os esforços contra as plataformas de criptomoedas.
Bilionário dono de corretora diz que eleição dos Democratas em 2024 está sob ameaça após guerra contra mercado de criptomoedas
Muitos políticos preferem não participar de debates muito complicados que possam prejudicar suas chances de reeleição. Nos Estados Unidos, em 2024, o país passará por eleições gerais, que envolvem a troca de presidente, senadores e deputados.
E uma das principais razões é o medo de cometer gafes ou erros que possam ser explorados pelos adversários políticos e pela mídia. Um erro em um debate, por exemplo, pode ter um impacto enorme na campanha de um candidato, especialmente se for amplamente divulgado nas redes sociais e nos meios de comunicação.
Outra razão é a preocupação em não se comprometer em questões delicadas ou polêmicas, que prejudiquem a imagem do candidato ou ir contra sua base eleitoral. Muitos políticos preferem adotar uma postura neutra ou evasiva em debates, para não serem associados a determinadas causas ou grupos que possam desagradar seus eleitores.
Um exemplo histórico de um político que fugiu de debates complicados é o caso do ex-presidente americano Richard Nixon, que evitou debates televisivos durante sua campanha pela reeleição em 1972. Na ocasião, Nixon temia que os debates pudesse revelar seus problemas de saúde e seu envolvimento no escândalo Watergate, que eventualmente levou à sua renúncia do cargo em 1974.
E para Tyler Winklevoss, o caso Roe versus Wade, no qual a Suprema Corte dos EUA, apoiada pelos Republicanos, custou ao partido, atualmente de oposição a Joe Biden, as eleições de meio de mandato no país. Já para 2024, o bilionário acredita que a guerra contra as criptomoedas custará caro para os Democratas.
“Roe custou aos republicanos as eleições intermediárias. A Senadora Warren e Gary Gensler a guerra contra as criptomoedas custará aos democratas a eleição de 2024.”
Roe cost Republicans the mid-terms. The @SenWarren and @GaryGensler war on crypto will cost Dems the 2024 election.
— Tyler Winklevoss (@tyler) June 11, 2023
Presidente dos EUA alertou sobre o mercado de criptomoedas em reunião do G7, semanas depois investigações começaram
Durante a última reunião do G7, o presidente dos EUA, Joe Biden disse que os investidores de criptomoedas colocam em risco a alimentação de 1 milhão de pessoas. O caso ocorreu no dia 21 de maio de 2023.
Na ocasião, Biden declarou que muitos estavam sonegando impostos, uma situação que ele não iria mais permitir nos EUA.
Poucas semanas depois, no dia 5 de junho, a Binance era processada pela SEC, a CVM dos EUA.
Um dia depois, a Coinbase, maior corretora do país, também recebia acusações de fraude, o que acendeu rumores de uma eventual guerra contra o mercado de criptomoedas.
Ainda não está totalmente claro se há realmente uma guerra contra as criptomoedas em curso, mas tudo indica que alguns empresários do setor entendem que as recentes condutas do regulador é uma postura que afeta o mercado, como uma declaração de guerra.