O casal de hackers da corretora Bitfinex confessaram sua culpa pelo roubo de 120 mil bitcoins da plataforma, de acordo com a justiça dos EUA, na última quinta-feira (3). Eles haviam sido presos em 2022, após uma ampla investigação internacional.
A corretora Bitfinex teve seus sistemas invadidos em agosto de 2016, quando o bitcoin custava ainda menos de 1 mil dólares. Na ocasião, o casal invadiu os sistemas da empresa e roubou grande parte de suas reservas.
Mesmo assim, a Bitfinex conseguiu sobreviver e até criou um token para devolução de valores para vítimas. O crime agora confessado deve levar marido e esposa para a cadeia.
Casal confessa lavagem de dinheiro do hack da Bitfinex
Quase 20 bilhões de reais, é o que equivale 120 mil bitcoins hoje, no dia 4 de agosto de 2023. Em 2016, contudo, o valor não superava R$ 230 milhões.
Mas com a valorização do mercado, o fruto do roubo da Bitfinex foi se apreciando, até que em 2022 os hackers acabaram atrás das grades.
Com a prisão de Ilya Lichtenstein, 35, e Heather Morgan, 33, o governo dos EUA apreendeu 95 mil bitcoins de uma só vez, até então a maior apreensão de bitcoin da história do país.
De acordo com documentos judiciais, Lichtenstein usou várias ferramentas e técnicas avançadas de hacking para obter acesso à rede da Bitfinex. Uma vez dentro de seus sistemas, Lichtenstein autorizou fraudulentamente mais de 2.000 transações nas quais 119.754 bitcoins foram transferidos da Bitfinex para uma carteira de criptomoedas sob o controle de Lichtenstein.
O hacker então tomou medidas para cobrir seus rastros, voltando à rede da Bitfinex e excluindo as credenciais de acesso e outros arquivos de log. Após o hack, Lichtenstein contou com a ajuda de sua esposa, Morgan, para lavar os fundos roubados.
Na última quinta, a justiça dos EUA divulgou que Lichtenstein se declarou culpado de conspiração para cometer lavagem de dinheiro, que acarreta uma pena máxima de 20 anos de prisão.
Já Morgan se declarou culpada de uma acusação de conspiração para lavagem de dinheiro e uma acusação de conspiração para fraudar os Estados Unidos, cada uma das quais acarreta uma pena máxima de cinco anos de prisão.
Um juiz do tribunal distrital federal determinará qualquer sentença após considerar as Diretrizes de Sentença dos EUA e outros fatores estatutários.
