Brasileiros criam sistema que promete justiça sem depender do estado utilizando Bitcoin

Brasileiros tem ganhando destaque por conta de suas soluções descentralizadas. No caso do NOSTR, por exemplo, até mesmo Jack Dorsey, fundador do Twitter, doou 14 bitcoins ao projeto. Portanto, é possível que o PLS seja mais uma ideia que crescerá com o tempo, chamando a atenção de nomes importantes do mundo.

Participando de conversa no canal Bitcoinheiros na última quarta-feira (13), Julio Santos e Marcus falaram sobre o Private Law Society (PLS), um projeto de contratos privados usando o Bitcoin e o NOSTR.

A proposta é apresentar um sistema de justiça que não dependa do Estado para funcionar. “Do mesmo jeito que não precisamos mais do Estado para controlar o dinheiro, agora não precisamos do Estado para fazer justiça”, aponta a descrição.

Criado por brasileiros, assim como o NOSTR, o PLS pode ser usado em qualquer outro país do mundo, inclusive entre partes de jurisdições diferentes. Portanto, é um sistema que pode escalar.

Private Law Society promete justiça sem depender do Estado

Em vídeo de apresentação, o Private Law Society (PLS) nota que hoje temos uma grande dependência na justiça estatal porque não temos mediadores privados. Além da falta de alternativas, isso também acarreta gastos gigantes para a população.

Sendo assim, a solução do PLS é utilizar contratos privados usando Bitcoin como garantia. O dinheiro é liberado assim que as duas partes chegarem a um acordo ou, em caso de disputa, quando o mediador concordar com uma das partes. É possível testar a ferramenta aqui.

A outra ponta da solução envolve a criação de uma chave NOSTR, necessária para a utilização do sistema, mas que também pode ter outros fins.

“Pode surgir um monte de coisa em cima disso”, disse Julio Santos em conversa no canal Bitcoinheiros. “Pensa uma chave NOSTR, um usuário, que criou uma reputação muito alta, um cara muito conhecido, muito famoso, um cara respeitado por muita gente. Eu consigo comprovar que eu fiz um contrato com esse cara e eu posso surfar na reputação dele.”

Embora os contratos sejam privados, eles podem ser expostos para terceiros conforme necessário. Para Santos, a esperança é que surja um mercado de árbitros, criando reputações a ponto de serem contratados.

“Esses árbitros provavelmente vão criar os seus processos. Não existe um CPC (Código de Processo Civil) de como ocorre o processo, cada árbitro vai ter o seu.”

No vídeo também é demonstrado como um contrato é criado no PLS, bastante similar a qualquer acordo dependente da justiça do Estado.

“Tu pode botar várias coisas ali dentro. Quem são as partes, quem é o árbitro, quanto de colateral, o objeto do contrato, quais as condições de quebra do contrato. Várias coisas jurídicas padrões.”

Uma das pessoas que se interessou pelo projeto foi Narcélio, um dos maiores especialistas em Bitcoin do Brasil. No Twitter, o desenvolvedor comentou que tentará criar seu primeiro contrato nesta quinta-feira (15), convidando outros interessados a participar da conversa.

“Projeto fenomenal! Esses caras estão construindo o futuro e você precisa conhecê-lo! Toda quinta-feira tem conversa lá no Discord da PLS às 19h. Hoje vou tentar fazer meu primeiro contrato no sistema.”

Por fim, brasileiros tem ganhando destaque por conta de suas soluções descentralizadas. No caso do NOSTR, por exemplo, até mesmo Jack Dorsey, fundador do Twitter, doou 14 bitcoins ao projeto.

Portanto, é possível que o PLS seja mais uma ideia que crescerá com o tempo, chamando a atenção de nomes importantes do mundo.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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