Sócio do Faraó dos bitcoins é preso nos EUA e será extraditado ao Brasil

Ação internacional da Polícia Federal contou com apoio da Homeland Security Investigations (HSI) nos Estados Unidos.

Um sócio do Faraó dos Bitcoins foragido desde 2021 foi preso nos Estados Unidos na última terça-feira (4).

De acordo com informações divulgadas sobre a prisão, ele é um dos investigados na Operação Kryptos, deflagrada pela Polícia Federal contra a GAS Consultoria.

A empresa pertencia a Glaidson Acácio dos Santos (GAS), e sua esposa venezuelana Mirelis Zerpa. Suas operações se concentravam da sede em Cabo Frio (RJ), onde mantinham concorrentes afastados. Ambos já foram presos e respondem a acusações na justiça brasileira.

Vale lembrar que Mirelis também passou um tempo foragida nos EUA, mas em janeiro de 2024, ela acabou presa pelas autoridades.

PF prende sócio do Faraó dos bitcoins nos EUA

Sem revelar a identidade do sócio do Faraó dos Bitcoins que foi preso nos EUA, a PF no Brasil disse que contou com apoio da agência Homeland Security Investigations (HSI). Mesmo assim, fontes indicam que a identidade do preso é a de Ricardo Rodrigues Gomes, conhecido como “Piloto” pelas autoridades. O Livecoins não conseguiu contato com sua defesa para confirmação ou comentários, mas o espaço segue em aberto.

Ele era um dos comparsas de Glaidson que pode ter ajudado a eliminar concorrentes em Cabo Frio, inclusive com uso de violência. As autoridades inclusive iniciaram as investigações contra o Faraó após relatos da morte de um jovem em via pública e em um Porsche.

O homem é acusado de participação no esquema criminoso investigado na Operação Kryptos, que movimentou ilegalmente mais de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021, operando uma pirâmide financeira com falsas promessas de investimentos em criptomoedas,” diz nota da PF.

Estava atuando nos Estados Unidos

O suspeito fugiu do Brasil utilizando um passaporte falso, indicou a PF. Ao chegar no país, ele começou a trabalhar em prol da organização criminosa, tentando continuar o esquema da GAS Consultoria dos EUA.

Informações das autoridades brasileiras indicam que ele seguiu “intermediando aquisições patrimoniais, constituindo empresas, movimentando contas bancárias, adquirindo criptoativos e providenciando documentos migratórios“.

Já em agosto de 2022, o nome do suspeito chegou na Difusão Vermelha da Interpol, passando a figurar como fugitivo internacional.

De acordo com as autoridades brasileiras, a HSI localizou o homem em Miami (Flórida), onde realizou sua busca e prisão. Agora ele permanecerá a disposição da justiça dos EUA, enquanto o Brasil oficializa um pedido de deportação do suspeito.

De volta ao país, o suspeito poderá pegar até 26 anos de prisão, caso condenado pelos crimes dos quais ele é investigado.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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