Chile prende 52 pessoas e congela centenas de contas bancárias e de criptomoedas

Autoridades disseram que essa foi uma das maiores ações contra o grupo Tren de Aragua, mas especialistas acreditam que não fará diferença em suas operações.

A Polícia do Chile deflagou a operação ‘Tren del Mar’ na última semana, prendendo 52 indivíduos e congelando centenas de contas de bancos e criptomoedas.

O alvo da operação foi a organização criminosa ‘Tren de Aragua’, da Venezuela, mas com forte presença na América Latina.

Em conversa com a DW, Trinidad Steinert, promotora regional de Tarapacá, afirmou que o dinheiro era fruto de atividades ilegais como tráfico de pessoas, homicídios, sequestros, extorsões, tráfico de imigrantes, tráfico de drogas e até mesmo multas aplicadas em seus territórios.

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Em 2023, autoridades da Venezuela invadiram um presídio controlado pelo grupo. No local havia um zoológico, piscina e até mesmo uma mineradora de Bitcoin.

Polícia chilena congela contas do Tren de Aragua

Dos 52 detidos, 47 deles eram estrangeiros e 17 se encontravam em situação irregular de imigração. Além disso, 250 contas de bancos e criptomoedas foram congeladas.

As autoridades apontam que o grupo moveu US$ 13,5 milhões (R$ 73 milhões) para sete países, incluindo Espanha, EUA, Paraguai, Argentina e México, considerando a ação como uma das maiores contra o grupo.

David Saucedo, especialista em segurança no México, apontou que o Tren de Aragua está se especializando na lavagem de dinheiro, copiando estratégias usadas por outros grupos como o Cartel de Sinaloa ou o Cartel de Jalisco Nova Geração.

“O Tren de Aragua evoluiu de forma impressionante, passando de uma máfia enraizada no sistema penitenciário venezuelano a se tornar um cartel internacional que já atua no ramo da lavagem de capitais.”

Ao contrário das autoridades, Saucedo acredita que a ação teve um impacto mínimo para a organização. “Serve para o show das autoridades locais”, comentou, notando que esses grupos já contabilizam essas perdas previamente.

A preferência por criptomoedas está ligada a facilidade de armazenamento, transporte e seu próprio uso.

Segundo Ronna Rísquez, autora do livro ‘El Tren de Aragua’, a organização possui diversos meios para lavar o dinheiro de seus crimes, incluindo negócios de fachada, como restaurante, mas também sites de aposta online.

Parte desse dinheiro também é usada para subornar autoridades locais. Portanto, isso explica o crescimento das atividades do grupo.

Um vídeo compartilhado pelo El País mostra o momento em que policiais invadem uma residência, fazendo prisões e confisco de dinheiro e pequenas quantidades de drogas.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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