Planilha da PF mostra custo de programa que rastreia bitcoin em milhões

Plano de Contratações do Governo Federal para 2025 revela que a área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) será usada para adquirir ferramentas de investigação de ativos digitais

A reportagem obteve acesso a uma planilha que apresentam dados da Comissão de Planejamento e Gerenciamento das Contratações (PGC). Assim, envolvendo a Polícia Federal (PF), o documento apresenta uma previsão de gastos com programa que rastreia transações em bitcoin e outras criptomoedas por R$ 48 milhões.

Com o valor exato de R$ 48.395.316,48, o consumo comprova o interesse das autoridades brasileiras no tema cripto. Além disso, indica um crescimento nas investigações de nível federal envolvendo transações com bitcoin.

Planilha mostra que programa que rastreia bitcoin utilizado pela PF tem um custo de 48 milhões de reais
Planilha mostra que programa que rastreia bitcoin utilizado pela PF tem um custo de 48 milhões de reais (Imagem/Reprodução).

A magnitude do valor comprova a complexidade e a sofisticação das ferramentas de blockchain analytics que a PF pretende adquirir.

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Isso porque, as soluções são projetadas para desanonimizar transações, mapear fluxos de fundos digitais e identificar carteiras ligadas a organizações criminosas e atividades ilícitas.

Rastreamento de bitcoin pela PF absorve 8% do orçamento de Tecnologia da Segurança

O investimento na Solução de Rastreio de Criptomoedas é um dos projetos mais onerosos dentro do grupo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para 2025. O Plano de Contratações do Governo Federal (PCCOM 2025) mostra que a área de TIC, que agrega nove contratações, tem um valor estimado total de R$ 629.614.176,01.

Isso significa que os mais de 48 milhões de reais destinados à tecnologia cripto representam aproximadamente 8% de todo o orçamento previsto para a modernização tecnológica na segurança pública, uma fatia considerável que ressalta a importância estratégica do tema.

A necessidade de rastrear tokens e ativos digitais surge diretamente da natureza das criptomoedas.

Embora redes como Bitcoin operem de forma descentralizada, a movimentação de cada moeda é registrada publicamente na blockchain. Essa característica confere pseudonimidade, mas não anonimato completo, aos usuários.

As ferramentas de blockchain analytics exploram justamente essa transparência do registro público.

Elas utilizam algoritmos avançados para analisar o grande volume de dados das redes, identificar padrões de transação e, crucialmente, correlacionar endereços de carteiras digitais com identidades reais.

Desta forma, aumenta a capacidade para desarticular organizações criminosas que usam stablecoins ou outros tokens para movimentar fundos ilícitos rapidamente e através de fronteiras internacionais.

O projeto está sendo gerenciado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), indicando que o tema é uma prioridade estratégica ao nível ministerial para a implantação da nova capacidade investigativa no Brasil.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.
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