Blockchain Ethereum ajuda população da China driblar censura

Crise tem aumentado vigilância dos países!

A censura em tempos de crise financeira aumentou consideravelmente, com a população da China buscando driblar estes efeitos com a Ethereum. Os tempos pós-crise reservam um aumento na vigilância, com possível perseguição a propriedade privada.

Em tempos de crise econômica, a população se refugia em suas casas e esperam por uma resposta da natureza e de seus governos. Alguns governantes certamente aproveitam a brecha para implementar mais medidas de controle.

Para o autor do best-seller “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade”, Yuval Noah Harari, escolhas importantes chegam para as pessoas agora. A população da China tem feito sua parte, ao buscar escolher um caminho para a liberdade.

Privacidade abalada
Privacidade abalada

Na China, população busca sair de censura com criptomoeda Ethereum, destaca Forbes

De acordo com Roger Huang, na China e no Irã, dois países conhecidos por atuarem de forma rigorosa com sua população, o cenário tem sido drástico. Até as redes VPN têm sido atacadas pelo governo, para que as pessoas não tenham liberdade de sair para a internet global.

Em redes sociais, por exemplo, expressões e hashtags têm sido banidas. Entretanto, o governo da China, famoso por sua censura, não imaginava que para driblar suas condutas controversas usariam a Ethereum para sair para a rede mundial.

Uma entrevista extremante censurada na China, no início da pandemia do novo coronavírus, é o destaque. Enquanto foi totalmente banida de redes sociais, algumas pessoas subiram o material para a blockchain da Ethereum.

Dessa forma, o texto da repórter Sarah Zheng foi colocado na rede Ethereum, não sendo permitido ao governo chinês exluir o conteúdo. De fato, a blockchain é um banco de dados mundial e imutável, que não permite alterações em um conteúdo gravado.

A Forbes destacou que o texto, ainda que colocado na Ethereum em mandarim original, é uma nova forma de comunicação. A transação para salvar o texto na Ethereum custou apenas U$ 0,27, ou seja, o custo da liberdade, está baixo para os chineses.

China censura texto, que é publicado na íntegra na blockchain da Ethereum, por apenas U$ 0,27
China censura texto, que é publicado na íntegra na blockchain da Ethereum, por apenas U$ 0,27 – Reprodução/Etherscan

Preço da Ethereum (ETH) é destaque entre criptomoedas no ano de 2020

Se o uso da Ethereum para sair da vigilância em massa é destaque, seu preço tem refletido o bom momento. Nas últimas 24 horas, por exemplo, o preço da Ethereum segue cotado em U$ 144 (R$ 768). O preço aumentou mais que 1,4% no período.

Contudo, não é apenas este o ponto que deve ser observado, uma vez que a Ethereum valoriza 9% no ano em relação ao dólar. A moeda dos EUA tem sido uma das melhores opções para se proteger da crise, mesmo assim, a Ethereum ganhou mais valor.

Em outro ponto, a Ethereum ganhou mais que 1% de dominância de mercado em 2020. Ao iniciar o ano com 7% do valor de todas as criptomoedas, já chega em abril acima de 8%, mostrando que houve interesse em obter essa moeda. Em fevereiro, o valor foi acima de 10%.

Dominância da Ethereum no mercado de criptomoedas subiu em 2020, ultrapassando 10% em fevereiro
Dominância da Ethereum no mercado de criptomoedas subiu em 2020, ultrapassando 10% em fevereiro – Reprodução/CoinMarketCap

Censura poderá começar no Brasil em breve, com governo se posicionando a favor

Os brasileiros passarão a ser monitorados, segundo um projeto que tramita no governo federal. Mesmo com autores famosos defendendo a escolha do isolamento como uma atitude pessoal, o governo brasileiro não tem visto dessa forma.

A BBC News Brasil publicou nos últimos dias que o projeto tramita com status de “proteger a população do coronavírus”. Essa medida já teria sido adotada por vários países, e permitirá ao governo monitorar aglomerações de pessoas.

Privacidade dos dados
Privacidade dos dados

O governo não definiu ainda os detalhes do novo programa de vigilância em massa, que é defendido, principalmente, pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A pressa em criar a ferramenta é tanta, que já se fala que em duas semanas as pessoas estarão sendo monitoradas. Contudo, não é bem assim que se trata a privacidade dos dados de uma população.

De acordo com a Folha de São Paulo, a Anatel se posicionou sobre o projeto do governo federal. Apesar da agência reguladora não ser contra o projeto do governo, expôs preocupações com a privacidade da população brasileira.

Por fim, apesar da população brasileira não ser acostumada, como a China, a sofrer com censura, as criptomoedas, como a Ethereum e Bitcoin, por exemplo, já foram criadas. Ou seja, as defesas para este momento já foram pensadas e estão em funcionamento.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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