Tem alguma baliAdam Back é uma respeitada autoridade dentro do criptomercado. Recentemente, o CEO da Blockstream deu sua opinião sobre a quantidade de Bitcoins que torna um investidor uma “baleia” (Whale).
As “baleias” são players com posse de grande volume de bitcoin. Assim, utilizando o Twitter para expressar sua opinião, o empresário afirmou que 100 bitcoins pode ser considerado uma quantidade suficiente para dar este título a seus detentores.
O pioneiro do criptomercado afirmou que, considerando a quantia de 10 mil dólares para um Bitcoin, 100 unidades da moeda digital faria com que a pessoa tivesse um milhão de dólares.
Assim, Back salientou que, em nível global, menos de 1% da população mundial dispõe deste valor. Consequentemente, ele avalia a quantia como uma fortuna, digna de classificar quem a detiver como um “investidor baleia” dentro do mundo dos ativos digitais.
Em resposta ao seu raciocínio, um usuário declarou que há, atualmente, cerca de 16.061 endereços que possuem a quantia de 100 Bitcoins, ou mais.
É interessante notar que esses números vão ao encontro de um levantamento realizado no último dia 10 de abril. Conforme as informações obtidas, atualmente há a maior quantidade de Whales dentro do criptomercado dos últimos dois anos. Isso pode significar a existência de uma nova fase de acumulação.
While bitcoin price > $10k then 100BTC would qualify someone as a HNWI with > $1mil in liquid assets, so I would say yes #bitcoin 🐳. Globally less than 1% have with wealth > $1mil so 100BTC is a staggering amount of value to most people. In many, many locations you could retire.
— Adam Back (@adam3us) April 22, 2020
Bitcoin é um dos ativos com o nível de distribuição de riquezas mais baixo
A última vez em que houve um período de acumulação do bitcoin foi em 2016. Coincidentemente ou não, foi a época em que aconteceu o último halving.
Levando em consideração os dados providos pela CoinMetrics, investidores com pelo menos 1000 criptomoedas controlam cerca de 42% do suprimento total de Bitcoin.
Este percentual é 4% maior do que o pico anterior, que ocorreu em dezembro de 2017. Mas nem tudo são flores para o ativo digital.
Quando comparado a outras criptomoedas o Bitcoin é um dos ativos com o nível de distribuição de riquezas mais baixo.
No caso de tokens como a Stellar e a XRP, mais de 80% de seus endereços são controlados por detentores de fundos.
Porém, mesmo com o domínio cada vez maior das baleias, e o crescimento das preocupações de centralização, endereços menores de bitcoin também tem mostrado um aumento recentemente.
Uma prova disso é que, recentemente, o número de carteiras que detém pelo menos 1 bitcoin alcançou o seu maior nível na história.
O levantamento também inclui endereços com valores maiores do que zero, de forma que, no final de março deste ano, também já ultrapassou o pico de 2017.
Isso demonstra, portanto, uma interessante tendência do Bitcoin dentro do criptomercado, sobretudo considerando a proximidade com o halving que ocorre em maio.