Projeto Harpia: Controladoria Geral do Paraná usará a Blockchain no combate à corrupção

A tecnologia vai evitar mudanças nas clausulas de contrato durante o processo, permitindo mais proteção ao dinheiro público e às empresas envolvidas no tramite licitatório.

A tecnologia Blockchain é uma das principais ferramentas do futuro, sendo uma aposta entre diferentes setores. Um desses setores é o combate às fraudes e corrupção, principalmente dentro de órgãos públicos. A Controladoria Geral do Estado do Paraná está elaborando um projeto inovador que vai utilizar Blockchain para combater a corrupção em licitações e compras com o dinheiro público.

O Projeto Harpia foi explicado durante uma live realizada pelo controlador-geral do Estado, Dr. Raul Siqueira . De acordo com o que foi informado no vídeo, o novo projeto tem como foco o acompanhamento de todo o processo licitatório para evitar qualquer tipo de fraude, seja ela dolosa ou culposa (com ou sem intenção).

Esse acompanhamento ponta a ponta vai oferecer a possibilidade de identificar qualquer tipo de parâmetro licitatório que possa ser fraudulento ou apresentar erros. Ele será realizado por diferentes tipos de tecnologia, desde a inteligência artificial até analytics.

Explicação do Projeto Harpia feita pelo procurador geral do Paraná.
Explicação do Projeto Harpia feita pelo controlador-geral do Paraná, Dr. Raul Siqueira.

“Com esse acompanhamento, saberemos se houve qualquer modificação no contrato ou na execução da obra e em que momento do processo ela ocorreu.

Isso permite a identificação dos responsáveis por liberar a alteração e o consequente seguimento do fluxo de trabalho”, afirmou Siqueira.

A tecnologia Blockchain vai ser a base para todo o sistema. Segundo Siqueira, a escolha da blockchain é por causa da característica de registro imutável, que não pode ser manipulada.

Com a Blockchain no projeto Harpia, todas as vezes que a plataforma registrar processos licitatórios fora do estabelecido por lei, todas as vezes que o gestor validar pedidos com essas diferenças e qualquer outro tipo de ação, estará registrada no sistema de forma definitiva.

A tecnologia também vai evitar mudanças nas clausulas de contrato durante o processo, permitindo mais proteção ao dinheiro público e às empresas envolvidas no tramite licitatório.

O projeto Harpia tem como principal foco a transparência para todas as informações das aquisições sendo realizadas. Em um único lugar estarão todos os processos através de um dashboard.

Isso vai facilitar consideravelmente o acompanhamento do órgão regulador de todo o processo, do primeiro ponto da aquisição até o processo de auditoria.

Com o sistema e o uso da blockchain, a Controladoria Geral poderá até mesmo saber previamente se as empresas que participaram do procedimento licitatório não têm nenhum parente na administração pública.

Siqueira explicou que o projeto está pronto e que a criação da tecnologia para colocar o Harpia para funcionar está a cargo da Celepar.

“A grande operadora dos dados do Estado, segundo normas da Lei Geral de Proteção de Dados, é a Celepar. Por isso, ela tem a atribuição de construir a tecnologia adequada para trabalhar com grande volume de dados”, disse.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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