Com os temores com recessão, vários investidores têm buscado se posicionar em ouro e Bitcoin. A correlação do Bitcoin e ouro chegou a atingir a máxima do ano recentemente, que cai nos últimos dias.
O ouro é de fato uma reserva de valor histórica ao longo dos anos. Com o mineral, investidores esperam garantir seu capital, principalmente em crises. Contudo, com as inovações tecnológicas, investidores jovens buscam novos ativos alternativos para proteção.
Devido aos temores com a pandemia do coronavírus e a crise econômica, ativos de reserva estão em alta. Nos últimos dias, o Banco Central dos EUA (FED) afirmou que teme pelo futuro. Isso porque, com medo de alta inflação e desemprego, a economia pode abalar.
Correlação do Bitcoin e ouro cai novamente após atingir pico de um ano
Quando o Bitcoin surgiu em 2009, seu propósito era ser um meio de pagamentos. Ao funcionar pela internet, a moeda digital logo foi reconhecida como algo mais. Alguns dentro da comunidade de criptomoedas então passaram a chamar o Bitcoin de ouro digital.
Isso porque, ao ter seu valor multiplicado, o Bitcoin passou a ser visto como reserva de valor. Ao longo dos anos, esse reconhecimento continua crescendo, mesmo com a crise do COVID-19.
Nas últimas semanas, por exemplo, uma alta correlação entre o Bitcoin e ouro chamou atenção. De acordo com a Skew, a narrativa do Bitcoin ser um novo ouro atingiu a máxima em meio a pandemia.
Dessa forma, a comunidade de criptomoedas comemorou a narrativa da moeda digital. Contudo, dias após a máxima, a correlação entre o Bitcoin e o ouro cai. Ao mesmo tempo, o preço de ambos os ativos sofreram desvalorizações, principalmente na última semana.
Enquanto o ouro perdeu 0,31% de valor, o preço do Bitcoin despencou 1,82% em sete dias. O desempenho de curto prazo, entretanto, não reflete o consolidado do ano.
Investidores preocupados com supervalorização do ouro
De acordo com o Crypto News, alguns investidores se mostraram preocupados com a recente alta do ouro. O preço do ouro tem aumentado constantemente em 2020. Dessa forma, a cotação do XAU/USD segue próxima de U$ 2 mil, com uma valorização de 33% em 2020.
Mesmo com a recente compra de Warren Buffett, analistas acreditam que o ouro está sobrevalorizado. Analistas do Bank of America seriam alguns do que acreditam na teoria. Segundo uma pesquisa recente, 31% dos gestores de fundos acreditam que o ouro está mais alto que deveria. Há um mês, contudo, nenhum especialista dizia o mesmo.
A aflição dos investidores com o preço do ouro acontece em meio a uma crise severa. Diretores do FED, por exemplo, acreditam que a economia estará arrasada no curto e médio prazo. Mesmo com essa desconfiança, o ouro segue sendo uma reserva de mercado.
Já o Bitcoin, que também seria uma das alternativas ao colapso do sistema financeiro em perspectiva, segue sob análise. No ano, o desempenho de ambos os ativos é destaque. Enquanto o ouro sobe 33%, o Bitcoin ganha 61%, mostrando boa reserva de valor.