Fundos de criptomoedas se popularizam no Brasil

Foram observados em um estudo apenas os fundos regulamentados pela CVM.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), regulamenta os investimentos em fundos de criptomoedas, que se popularizam no Brasil. Para os investidores que apostaram em alguns, o retorno foi acima do CDI e até o Ibovespa.

Com a crise econômica gerada pela pandemia, o governo brasileiro baixou a taxa básica de juros. Dessa forma, o investimento em renda fixa, como Tesouro Direto, entre outros, ficou menos atrativo. Alguns investidores então passaram a buscar alternativas para realocar seu patrimônio.

Além disso, o dólar alcança em 2020 níveis históricos em sua cotação em relação ao real. Todo esse cenário de incertezas têm levado investidores a correr mais riscos em busca de maiores retornos. As criptomoedas, como o Bitcoin, por exemplo, são alguns dos ativos em alta no ano.

Fundos de criptomoedas se popularizam com alta do Bitcoin no Brasil

Dentre vários investimentos que podem ser feitos por brasileiros, o Bitcoin tem sido um destaque. Até o final de agosto o Bitcoin foi considerado o campeão dos investimentos no Brasil, principalmente com a depreciação do Real.

Isso porque a moeda brasileira é uma das piores do mundo hoje, com o dólar se valorizando intensamente. A cotação do dólar hoje volta a subir com receios globais, aliado a crise do novo coronavírus.

Com uma moeda fraca e a taxa de juros na miníma histórica, os brasileiros começam a se atentar para investimentos de risco. Nessa classe, as criptomoedas são alguns dos ativos que seguem tendo destaque.

De acordo com uma reportagem do Valor Investe, o número de investidores de fundos de criptomoedas cresceu no Brasil. Com a popularização desses investimentos, que são regulamentados pela CVM, investidores têm obtido ganhos acima do mercado tradicional.

O CDI, por exemplo, referência da renda fixa, teve um retorno de 3,85% até o início de setembro. Já os fundos de criptomoedas mistos com renda fixa tiveram, em média, 18% de retorno. O Brasil tem hoje nove fundos de criptomoedas regulamentados pela CVM, dos quais 4 operam criptomoeda e renda fixa ao mesmo tempo.

Já o índice Ibovespa, que é a referência da renda variável, rende 1,04% em 2020. O índice reúne as ações mais negociadas na bolsa de valores. Em comparação, os fundos de criptomoedas que operam apenas criptomoedas rendem 74,56% no ano. Estes fundos exigem que os investidores sejam qualificados.

Mesmo com volatilidade, criptomoedas seguem em alta e buscadas como estratégia de proteção de patrimônio

A intenção dos investidores que buscam fundos de criptomoedas é se expor ao mercado. Contudo, com opções que diversificam também em renda fixa, os investidores buscam estabilidade. Isso porque, o mercado de criptomoedas é extremamente volátil, tanto para cima quanto para baixo.

Mesmo assim, as criptomoedas seguem em alta no país, que vê uma economia em perigo e uma moeda fraca. O Boletim Focus publicado pelo BC dessa terça (8), por exemplo, projeta mais queda no PIB e aumento da inflação.

Com a economia global em risco, as criptomoedas têm ganhado espaço, entre empresas e pessoas. Nos EUA, a MicroStrategy fez história ao colocar sua reserva de valor em Bitcoin. Na Argentina, as criptomoedas já aparecem como alternativa ao peso (e ao governo), que também sofre no ano.

Com a tendência mundial, gestores de fundos alertam para que as pessoas tenham cuidado ao se expor ao mercado. A recomendação de alguns ao Valor Investe foi de exposição entre 1 e 5% do patrimônio. Mesmo assim, ficar de fora pode ser uma estratégia mais arriscada, afirmam.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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