A maior empresa de processamento de carne do mundo disse na noite desta quarta-feira (09) que pagou um resgate de US $ 11 milhões, cerca de R$ 55 milhões a cibercriminosos depois que foi forçada a interromper suas operações em 13 de suas fábricas de processamento de carne.
O ataque deixou os sistemas da JBS USA fora do ar, causando uma pausa na produção nas instalações de produção dos EUA por vários dias. A empresa disse que os servidores de backup não foram afetados e que não houve violação de dados de clientes, fornecedores ou funcionários.
Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, a empresa disse que colocou a maioria dos sistemas online antes de o resgate ser pago, mas foi tomada a decisão de pagar o resgate para evitar outros problemas e impedir o vazamento de dados.
A JBS, que é uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, confirmou que pagou o resgate aos hackers. O CEO Andre Nogueira, da JBS dos Estados Unidos, considerou isso uma “decisão muito difícil de tomar”.
“Foi uma decisão muito difícil de tomar para nossa empresa e para mim pessoalmente. No entanto, sentimos que era o que deveria ser feito para evitar qualquer risco potencial para nossos clientes.”, disse o CEO da JBS americana, André Nogueira.
O ataque cibernético afetou servidores que suportam os sistemas de TI da JBS na América do Norte e Austrália. O governo dos EUA atribuiu o ataque de ransomware ao REvil, um grupo criminoso atua da Rússia.
A empresa pagou pelo resgate em Bitcoin para evitar maiores interrupções nas fábricas de carne, mitigando danos potenciais ao abastecimento de alimentos.
O ataque é o segundo em um mês contra a infraestrutura crítica dos EUA. No início de maio, os hackers atacaram a Colonial Pipeline, o maior gasoduto dos Estados Unidos, por quase uma semana.
O fechamento gerou longas filas e pânico nas compras em postos de gasolina em todo o Sudeste do país. A Colonial Pipeline confirmou que pagou US $ 4,4 milhões aos hackers.
A JBS USA faz parte da JBS Foods, uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Ela possui operações em 15 países e clientes em cerca de 100 países.