“Expert em Bitcoin” prometia alta rentabilidade, mas desaparecia com dinheiro das vítimas

Ele mantinha perfis nas redes sociais onde ministrava cursos sobre investimentos em criptomoedas e atraia as vítimas com seu vasto conhecimento em Bitcoins

Um homem de 52 anos foi preso, nesta quinta-feira (5), em Elói Mendes, no Sul de Minas Gerais, suspeito de estelionato e lavagem de dinheiro por meio bitcoins.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o investigado prometia investir dinheiro na criptomoeda, administrar e gerar lucros para as vítimas. No entanto, a maior parte do dinheiro sequer era investido em bitcoins e era direto desviado para a conta do suspeito.

O MPMG deflagrou uma operação para prender o golpista e cumprir cinco mandados de busca e apreensão, em Minas Gerais e São Paulo, que vão ajudar nas investigações. Pelo menos R$ 30 milhões em dinheiro foram congelados da conta do suspeito.

Além disso, no esquema, foram movimentados 400 Bitcoins, o equivalente a cerca de R$ 78 milhões.

“O investigado conseguia angariar o interesse das vítimas por meio de perfis que eram mantidos em nome de uma empresa no Twitter e no Instagram. Ele ministrava cursos de como mexer com criptoativos e tinha muito conhecimento na área. Ele prometia lucros que fazia brilhar os olhos das vítimas, prometendo uma tábua de salvação em meio a pandemia, mas na verdade as pessoas perdiam milhões com esses investimentos. O dinheiro muitas vezes sequer era investido em Bitcoins” explicou o promotor Daniel Ribeiro.

Ainda segundo o promotor, no início ele repassava o lucro prometido para as vítimas para conseguir a confiança delas, mas depois ele simplesmente desaparecia.

As investigações começaram depois de uma denúncia de dois empresários do Espírito Santo que perderam R$ 6 milhões. O golpe era aplicado em pessoas de todo Brasil. Foram, pelo menos, 20 vítimas desde 2017.

Suspeito começou a ostentar vida de luxo repentinamente

Antes de começar a aplicar os golpes, o suspeito tinha uma vida pacata em Elói Mendes e já teve até mesmo outras empresas que quebraram. “Ele estava com veículos de alto luxo, alguns no valor de R$ 2 milhões, podemos citar como exemplo uma Ferrari,. O investigado também tinha um imóvel de alto padrão em São Paulo. A casa dele em Elói Mendes também era de boa condição”, contou o promotor.

Era investindo o dinheiro nesses bens que ele ocultava os golpes. Parte dos ativos dele também eram colocados na conta de “laranjas”, a prática configura lavagem de dinheiro.

O objetivo é dificultar o rastreamento dos benefícios do crime. Quatro familiares do suspeito são investigados por ajudarem nessa parte. Um outro homem passou a ser investigado também por ajudar o suspeito preso na parte operacional das promessas de investimento.

Os bens do suspeito e o dinheiro da conta congelada podem servir para ressarcir as vítimas dos prejuízos. Segundo o MPMG, o patrimônio total dele ainda é levantado, bem como o total de prejuízos das vítimas.

Participaram da operação três delegados e 12 investigadores da Polícia Civil, 9 policiais militares e 16 auditores da Receita Federal. A operação recebeu o nome de Mercador de Ilusões. O nome do suspeito não foi divulgado por causa do sigilo fiscal.

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Natália Oliveira
Natália Oliveira
Jornalista desde 2011. Já atuou em grandes mídias de Minas Gerais. Tem interesse por tecnologia e economia.

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