Ambientalistas investem R$ 5 milhões para bater no Bitcoin

Mesmo que a migração do Ethereum tenha sido bem recebida por quase todos, algumas pessoas se sentiram incomodadas com a mudança. Segundo PlanB, o ETH abandonou a energia para se tornar uma moeda baseada em confiança e política.

Após o Ethereum abandonar o Proof-of-Work nesta quinta-feira (15) com o The Merge, ambientalistas aproveitaram o momento para pressionar a mineração do Bitcoin. Segundo nota do Environmental Working Group (EWG), o Bitcoin precisa “parar com a poluição e as desculpas”.

Com isso, tais ambientalistas usarão 1 milhão de dólares para financiar anúncios que serão exibidos em diversos sites. Tal movimento é uma continuação da campanha “Mude o código, não o clima”, criada em março deste ano pelo Greenpeace.

Mesmo assim, entusiastas do Bitcoin defender que é justamente esta energia que faz esta criptomoeda tão especial. Como exemplo, Michael Saylor saiu em defesa do Bitcoin nesta quarta-feira (14), citando 7 motivos pelos quais a mineração é necessária e como a mesma está, na verdade, contribuindo para o meio-ambiente.

Ambientalistas aproveitam atualização do Ethereum para bater no Bitcoin

Segundo Vitalik Buterin, a migração do Ethereum para Proof-of-Stake conseguiu diminuir o consumo de eletricidade mundial em 0,2% nesta quinta-feira (15). Com isso, ambientalistas aproveitaram o momento para dar continuidade a sua campanha chamada “mude o código, não o clima”.

Para isso, os ambientalistas gastarão 1 milhão de dólares em anúncios contra a mineração de Bitcoin. Além disso, o Greenpeace também criou um abaixo assinado para convencer a Fidelity a abandonar seus planos de oferecer BTC como plano de aposentadoria.

“Corte a poluição e as desculpas.”

“O Ethereum, a segunda maior criptomoeda, acabou de reduzir seu uso de eletricidade em 99,95%, provando que uma mudança de código é técnica e politicamente possível”, aponta o site da campanha. “O The Merge do Ethereum deixa o Bitcoin como a criptomoeda que mais poluis o clima. Não precisa ser assim.”

Já na página do Environmental Working Group (EWG) é possível encontrar comentários de alguns ambientalistas. Enquanto muitos deles elogiam a postura do Ethereum, outros pedem a ajuda de grandes empresas ligadas ao BTC, como BlackRock e PayPal, para mudar o código do Bitcoin.

Comunidade do Bitcoin não concorda com a campanha

Mesmo que a migração do Ethereum tenha sido bem recebida por quase todos, algumas pessoas se sentiram incomodadas com a mudança. Segundo PlanB, o ETH abandonou a energia para se tornar uma moeda baseada em confiança e política.

Já Michael Saylor, fundador e ex-CEO da MicroStrategy, publicou um longo texto na última quarta-feira (14), antecipando-se ao barulho causado pelo The Merge.

Em sete pontos, Saylor destaca como a mineração é essencial para o Bitcoin e como esta indústria é a mais sustentável, em termos energéticos, já que melhorou tal aspecto em 46% em apenas um ano.

“A mineração de Bitcoin pode trazer uma indústria limpa, lucrativa e moderna que gera uma moeda forte para um local remoto no mundo em desenvolvimento.”

Por fim, Saylor também comenta que 99,92% das emissões de carbono são provenientes de outros setores, bem como aponta que empresas como Google, Netflix e Facebook consomem mais energia que a mineração.

De qualquer forma, a atualização do Ethereum deve pressionar ainda mais o Bitcoin nos próximos meses e anos. Afinal, dentre as dez maiores criptomoedas, apenas o Bitcoin e a Dogecoin seguem usando tal modelo.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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