Bitcoin com fundo amarelo. Foto: Kanchanara.
Um analista de Tecnologia da Informação do Governo Digital do Brasil disse que o bitcoin muda os relacionamentos, devendo a Web3 seguir o mesmo modelo em breve. A fala ocorreu durante o Congresso internacional sobre a Gestão da Previdência Social (Congeps).
Com início no dia 16 de novembro, o evento sediado em Brasília tinha como objetivo o fomento de discussões inovadoras para melhora dos serviços públicos no Brasil.
Em 2020, vale lembrar, o Governo Digital ganhou força como uma estratégia da gestão de Jair Bolsonaro de melhorar os serviços nacionais. Desde então, a tecnologia blockchain, base das criptomoedas, foi reconhecida como uma inovação vital ao país.
O Governo Federal do Brasil não tem uma posição clara sobre o uso do bitcoin no país. Ainda que a Receita Federal cobre impostos dos investidores desde 2019, nenhuma posição sobre o assunto ficou clara pela administração do país.
Assim, um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados deve ser a primeira iniciativa que chega para apreciação sobre o assunto.
Contudo, setores do governo já discutem as tecnologias que envolvem as criptomoedas, como a blockchain, por exemplo.
De acordo com o especialista em Transformação Digital, Anderson Costa, analista em TI na Secretaria de Governo Digital, o bitcoin é uma tecnologia que muda relacionamentos, devendo a Web3 seguir seus passos.
“A Web 3.0 vai seguir o mesmo modelo em que hoje são comercializados os chamados bitcoins, as moedas digitais. Vai estar muito baseada na segurança e na identidade das pessoas na web.
Vamos conseguir com mais assertividade saber o que se faz lá dentro e identificar com clareza quem é que faz o quê nessa web. Isso traz possibilidades enormes para nós. Vai mudar a forma de relacionamento. E já está mudando.”
A fala ocorreu durante o painel “Os desafios do futuro digital”, no Congeps.
Participando do mesmo painel, João Rodrigues da Silva Filho, diretor de Tecnologia da Informação do INSS, se mostrou preocupado com o uso de dados durante o processo de transformação digital.
Segundo o executivo do INSS, com cada vez mais dados confiados ao Estado pela população, a responsabilidade dos órgãos públicos aumenta.
“Hoje, com a digitalização, com a popularização dos ambientes digitais, o dado do cidadão está cada vez mais exposto. Então é compromisso de nós enquanto agentes públicos zelarmos pela segurança desses dados. O cidadão passa a confiar os dados ao Estado e nós temos a responsabilidade de cuidar desses dados e fazer o serviço da forma mais responsável possível.”
Segundo ele, todo o processo de segurança é um processo que deve ser constantemente aprimorado.
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