A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), disse em um recente estudo que a Geração Z está mais aberta aos riscos de mercado, mirando investimentos em criptomoedas e ações como parte de seus portfólios.
A Geração Z é aquela considerada por pessoas que nasceram entre 1990 e 2010, que possuem então entre 12 e 32 anos em 2022.
No estudo, a ANBIMA procurou conhecer melhor o perfil desses investidores, como onde buscam informações para investir, entre outras mais. Ao todo, participaram do levantamento Raio X do Investidor o total de 5.878 pessoas.
ANBIMA diz que Geração Z é a mais disposta a investir em criptomoedas e ações
Em sua quinta edição, a pesquisa Raio X do Investidor, realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha, entrevistou vários investidores em novembro de 2021, com os dados agora sendo divulgados a público.
As pessoas pertencem à classe A/B, C e D/E, com 16 anos ou mais e em todas as cinco regiões do Brasil. Segundo a ANBIMA, o levantamento tem uma margem de erro de um ponto percentual, para mais ou menos, no nível de confiança de 95%.
Dos 5.878 entrevistados, 5.604 pessoas declararam conhecer algum tipo de investimentos, sendo que 1.761 já investidora e outros 1.522 que procuram informações sobre o tema.
Chamou atenção para Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da ANBIMA, ficou claro que os mais jovens consideram correr mais riscos, inclusive com criptomoedas.
“Outro traço importante é o fato de os investidores mais jovens estarem arriscando e experimentando mais, tendo um interesse muito grande, por exemplo, em criptomoedas. Ter uma carteira um pouco mais arriscada faz sentido quando se é jovem: você tem o tempo a seu favor. O que precisamos sempre lembrar é que isso faz sentido dentro de uma carteira diversificada, sem estar exposto só a um risco específico e com um portfólio que esteja adequado aos seus objetivos.”
Mas o que chama atenção na característica da Geração Z no levantamento da ANBIMA não é apenas sobre as criptomoedas, mas também sobre deixar o dinheiro em casa/no colchão. Isso pode refletir que essa geração tem uma maior desconfiança nas instituições financeiras tradicionais que demais gerações.
Geração Z busca informações de investimentos em meios digitais
Billi destacou que os dados mostram que a Geração Z gosta muito de canais digitais para buscar informações, principalmente no YouTube.
“Os dados sobre o acesso a canais digitais da Geração Z mostram realmente um ponto de inflexão, com um número muito mais significativo do que as demais gerações aderindo aos canais digitais para buscar informações, decidir como e onde aplicar e implementar essa decisão.”
Quando questionados sobre conhecimentos em instituições financeiras tradicionais, a Geração Z também se mostrou mais conhecedora de bancos digitais, aqueles que não possuem agências.
Esses dados então revelam que as pessoas dessa faixa etária podem estar mais dispostas a correr riscos com seus investimentos e mais antenadas em oportunidades digitais.