Um russo de 48 anos foi sentenciado a 8 anos e 1 mês de prisão por roubo e extorsão. O homem, identificado como Gela Popkhadze, foi considerado culpado por extorquir um programador que tinha uma grande quantidade de bitcoins.
De acordo com notícias locais, de agosto a setembro de 2021, Popkhadze extorquiu a vítima e exigiu o equivalente a mais de 181 milhões de rublos russos (quase 10 milhões de reais) em bitcoins do programador.
Em novembro de 2021, Popkhadze comprou duas armas de choque em Moscou e, junto com dois cúmplices, dirigiu-se a Omsk, onde passou a monitorar a vítima.
No dia 22 de dezembro do mesmo ano, os agressores, usando balaclavas e armados com armas de choque e uma faca, invadiram a casa do programador, porém, não o encontraram.
Assim, eles passaram a torturar os familiares do programador na tentativa de obter informações sobre a localização dos bitcoins.
Durante o ataque, uma das vítimas conseguiu escapar, pulando da janela do segundo andar e pedindo ajuda aos vizinhos, que imediatamente chamaram a polícia e uma ambulância.
Os agressores conseguiram fugir da cidade antes da chegada das autoridades. Posteriormente, Popkhadze foi detido em Moscou e transferido de volta a Omsk para enfrentar julgamento.
8 anos de prisão
Ao longo da investigação e do julgamento, Popkhadze negou envolvimento no crime, mantendo sua inocência. No entanto, com base nas provas apresentadas, o promotor solicitou uma sentença de 18 anos de prisão.
O tribunal considerou o réu culpado e o condenou a 8 anos e 1 mês de prisão em uma colônia correcional de regime estrito.
Além disso, Popkhadze foi ordenado a pagar uma indenização de 180.000 rublos às três vítimas como compensação pelos danos morais causados.
O caso chocou a comunidade local e levantou preocupações sobre os investidores de criptomoedas.
Criminoso disse que sofre de esquizofrenia
Durante o julgamento do caso, Gela Popkhadze fez uma declaração inesperada, afirmando que havia morado na Bielo-Rússia nos anos 2000 e estava sob supervisão médica devido ao seu suposto diagnóstico de esquizofrenia.
Ele afirmou que era registrado em um psiquiatra e sofria da doença mental. A defesa apresentou uma petição solicitando documentos que comprovassem as declarações, e o juiz deferiu o pedido.
No entanto, os investigadores não têm dúvidas sobre a capacidade mental do acusado e questionaram a veracidade de sua alegação de esquizofrenia. Além disso, o fato de Popkhadze não estar registrado em clínicas médicas de Moscou levantou dúvidas sobre a validade de suas alegações.
Embora o réu tenha insistido em realizar uma auditoria poligráfica para comprovar sua condição de saúde mental, o tribunal negou seu pedido. A validade do diagnóstico médico de esquizofrenia e seu possível impacto na sentença futura permanecem incertos.
A eventual confirmação do diagnóstico de esquizofrenia pode ter implicações significativas no desfecho do caso, uma vez que pode levar em consideração a condição mental do réu ao determinar sua pena.
No entanto, ainda não se sabe se Popkhadze conseguirá comprovar de maneira convincente a presença de transtornos mentais durante o processo judicial.