O Banco Central do Brasil divulgou um roteiro de estudos envolvendo o Real digital, que ocorrerão em eventos públicos nos próximos meses, com apresentação no canal do YouTube da autarquia.
De acordo com o BCB, o roteiro de eventos deve apresentar os conceitos de tokenização da moeda nacional, até o mês de novembro de 2023.
A previsão do banco central aponta para o fato que a nova moeda brasileira, com uso da tecnologia blockchain, chegue até o final de 2024.
Um dos temas envoltos na tecnologia envolve a criação de tokens por bancos, que deverão ser as instituições que terão acesso direto a moeda em formato CBDC. Já a população deverá acessar a moeda de forma indireta, por meio de suas contas bancárias.
Série de estudos sobre o Real digital deve apresentar a nova moeda nacional ao público
Considerando as ações em curso para o desenvolvimento da infraestrutura do Real Digital, o Banco Central (BC) criou o Grupo de Trabalho Interdepartamental (GTI) para avaliar a “tokenização” de ativos financeiros.
O GTI está realizando diversas atividades, como comparar a experiência brasileira com o cenário internacional, analisar os resultados dos programas Sandbox e LIFT do BC, mapear as atividades envolvidas na escrituração, registro, depósito, custódia, negociação e liquidação de ativos, estudar o impacto das tecnologias DLT/Blockchain no mercado financeiro, identificar ganhos de eficiência no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e avaliar a segurança cibernética das soluções de “tokenização”.
Além disso, o GTI formou nove subgrupos temáticos, incluindo um para tratar de finanças sustentáveis. O subgrupo responsável pela abertura do fórum de debates sobre economia digital coordenará os webinários.
Em um evento fechado na última sexta-feira (2), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou que se o “Real digital tivesse surgido antes, teria evitado problemas com as criptomoedas“.
Ou seja, a novidade que utiliza a tecnologia das criptomoedas como base deve chegar para permitir ao regulador um maior controle das operações dos brasileiro, que deverão ser concentradas em uma carteira digital de bancos, com acesso também ao PIX, Open Finance, entre outros produtos.
Primeiro evento contou com participação de bancos e empresas interessadas na tecnologia
Nesses webinários, o tema será discutido com participantes do mercado, da academia, reguladores e organismos internacionais.
O primeiro deles aconteceu na última quinta-feira (1). Profissionais do Bradesco, da Credix e da Hamsa Pay debateram o tema.
A moderação foi de representantes do BC e da Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), parceira no projeto.