O BID Lab, laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e a Meta anunciaram as dez comunidades selecionadas para ser beneficiárias do Desafio Comunidades no Metaverso, sendo duas delas brasileiras.
O Desafio foi lançado com o objetivo de aprofundar o entendimento sobre como estão sendo construídas comunidades no metaverso. Além disso, pretende contribuir para o desenvolvimento social e econômico de populações vulneráveis ao redor da América Latina e do Caribe.
As comunidades selecionadas estão aplicando realidade aumentada e realidade virtual para avançar questões fundamentais como saúde, educação, criação de empregos, empreendedorismo feminino, cultura e acessibilidade urbana, entre outras.
Todas elas demonstraram forte presença comunitária, soluções de impacto e uso eficaz de aplicações de realidade aumentada, realidade virtual e realidade mista para levar adiante sua missão.
Quais são as empresas brasileiras de metaverso selecionadas pela Meta e BID Labs?
Os dez vencedores do Desafio Comunidades no Metaverso foram selecionados entre 370 propostas apresentadas por comunidades em 22 países da região. O desafio começou em outubro de 2022
Do Brasil, uma das selecionadas é o Clube da Alice, uma comunidade de mulheres criada para estimular o empreendedorismo feminino. O trabalho da empresa possibilita que as participantes se conectem com novos clientes, acessem cursos gratuitos, eventos e feiras.
Outra brasileira a receber apoio é a Socialcrypto.art, reúne artistas, produtores e criadores das favelas do Rio de Janeiro que desejam digitalizar e comercializar sua arte e, desse modo, contribui para o desenvolvimento socioeconômico das favelas.
O que receberão as empresas?
Entre os prêmios, as empresas selecionadas receberão um conjunto de treinamentos online sobre desenvolvimento de comunidades, inovação responsável e realidade virtual e aumentada.
Além disso, um financiamento de US$ 10.000,00 chega para contribuir com os objetivos da comunidade no metaverso. Outra premiação envolve um coaching personalizado em áreas nas quais a comunidade tenha oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
Por fim, todas as dez empresas ganham residência de 1 semana na sede da Meta em São Paulo para conexão com especialistas, compartilhamento de conhecimento e experiências em tecnologias e aplicações recentes do metaverso, e a oportunidade de expor sua comunidade em evento de ampla divulgação.
Conheça as outras oito empresas selecionadas
Representando a Guatemala, a Brillante apresentou um aplicativo de reabilitação de fala que proporciona assistência a professores e pais por meio da geração de estímulos em realidade aumentada para crianças com dificuldades de fala, linguagem e comunicação.
Diretamente da Colômbia, a Buro DAP Fundación usa o metaverso para criar simuladores para projetar espaços urbanos. A proposta espera que eles sejam mais sustentáveis, mais seguros para pedestres e considerem a segurança de mulheres e as necessidades de pessoas com deficiência.
No México, a CLUMTI AC, criou uma comunidade de desenvolvedores independentes, empresas e universidades que trabalham com realidade virtual para melhorar a competitividade de pequenas e médias empresas (PMEs).
Do Paraguai, a EXPYLAB apoia criadores emergentes de baixa renda no desenvolvimento de projetos de realidade imersiva. Assim, oferece treinamentos em realidade estendida que permitem que essas populações expressem suas realidades, narrativas e heranças culturais no metaverso.
Apesar de ter um ecossistema fechado para as criptomoedas, a Gran Chaco Impact NFT, da Bolívia, trabalha com inovações em blockchain. Isso porque, ela oferece um espaço em que colecionadores unem esforços com artistas de tokens não fungíveis (NFTs) e curadores para ajudar mulheres artesãs a converter peças de arte nativas em tokens de arte digital usando realidade virtual e aumentada, NFTs e blockchain, visando preservar e promover a cultura de comunidades nativas.
Ao oferecer diferentes formas de apoio a mulheres empreendedoras, como treinamentos em informática e mentoria em habilidades digitais, a Kodea é a única a representar o Chile.
Já a Red de Aprendizaje Inmersivo (Rain), do Equador, apoia o uso de tecnologias imersivas para estimular a aprendizagem em ambientes educacionais (institutos tecnológicos e universidades) e promove a aquisição de habilidades relacionadas a realidade estendida.
Por fim, Youth Can Do I.T. Limited (YCDI), da Jamaica, oferece educação em tecnologia para jovens como uma maneira de abrir novas oportunidades de emprego.