Binance e Tether são acusadas de ajudar terroristas

Enquanto a Tether rebateu prontamente as acusações, a Binance ainda não se manifestou sobre o assunto. Ambas são líderes da indústria em suas determinadas áreas.

A senadora Cynthia Lummis e o deputado French Hill enviaram uma carta aberta ao Departamento de Justiça dos EUA nesta quinta-feira (26), pedindo que o mesmo processe tanto a corretora Binance quanto a Tether, responsável pela stablecoin USDT.

Em suma, os políticos alegam que ambas as empresas têm facilitado atividades terroristas no exterior. Sendo mais específico, citam a invasão de Israel, afirmando que grupos terroristas palestinos, como o Hamas, receberam milhões em doações de criptomoedas desde agosto de 2021.

Enquanto a Tether rebateu prontamente as acusações, a Binance ainda não se manifestou sobre o assunto. Ambas são líderes da indústria em suas determinadas áreas.

Binance e Tether enfrentam acusações nos EUA

Em relação à Binance, a carta assinada por Cynthia Lummis e French Hill aponta que a corretora possui um histórico de ligações com atividades ilícitas. Sobre a denúncia atual, nota que a corretora já congelou diversas contas de usuários associados ao Hamas desde o início da invasão do grupo a Israel.

“O fato de o Hamas e outros grupos terroristas terem sido autorizados pela Binance a abrir contas e realizar negócios, mesmo após reportagens públicas sobre o assunto, mostra claramente que a Binance poderia estar fornecendo apoio material a entidades envolvidas em terrorismo sob a lei federal, ou sendo deliberadamente cega ao fato de que pode estar fazendo isso”, aponta a denúncia.

A Binance já está sendo processada pelo CFTC e pela SEC, enfrentando acusações de evasão internacional de leis, bem como violações da lei de valores mobiliários, dentre outras.

Após os processos, a corretora iniciou demissões em massa e corte de benefícios aos seus funcionários enquanto afirmava que o clima regulatório havia causado uma queda em seu lucro.

Sobre a Tether, responsável pela stablecoin USDT, os políticos apontam que a empresa já congelou 32 endereços controlados pelo Hamas e entidades russas. Segundo as acusações, a Tether também estaria facilitando a violações de leis.

Assim como a Binance, a Tether também já foi processada pelo CFTC no passado, o processo estava relacionado às suas reservas.

“Instamos o Departamento de Justiça a avaliar cuidadosamente até que ponto a Binance e a Tether estão fornecendo apoio material e recursos para apoiar o terrorismo”, finaliza a carta. “Para esse fim, apoiamos fortemente uma ação rápida do Departamento de Justiça contra a Binance e a Tether.”

Tether responde às acusações

Sob a administração de Paolo Ardoino, recentemente promovido a CEO, a Tether respondeu rapidamente às acusações. Em texto publicado em seu site, a empresa pede para que governos “verifiquem os fatos sobre a má interpretação dos dados pela grande mídia”.

“Nós, da Tether, estamos orgulhosos do trabalho que fazemos para impedir atividades ilícitas”, comentou Paolo Ardoino em suas redes sociais. “A Tether colaborou proativamente desde o início com dezenas de agências de aplicação da lei, incluindo EUA, Ucrânia e Israel.”

“O uso de criptomoedas por atores mal-intencionados é uma pequena gota no enorme oceano de atividades ilícitas que passa pela indústria financeira tradicional.”

Em relação a um dos artigos citados na carta, Ardoino afirma que o The Wall Street Journal “enganou bons atores com informações falsas”.

Até o fechamento dessa reportagem, a Binance não se pronunciou abertamente sobre as acusações. O espaço fica à disposição.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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