Binance, Huobi e OKEx desaparecem do “Google da China”

Censura contra corretoras de Bitcoin é apenas mais uma das novas etapas de combate ao Bitcoin tomadas pela China.

Algumas corretoras de Bitcoin foram “excluídas” do “Google da China” nesta quarta-feira (9), de acordo com um jornalista que acompanha o cenário no país, sendo a Binance a principal delas.

Outras que desapareceram dos buscadores são a Huobi e OKEx, que também foram criadas no país. O movimento acontece em um momento em que o preço do Bitcoin se recupera da recente queda, chegando a alcançar US$ 34 mil no mercado.

Para os chineses, a única forma de acessar essas plataformas é com uso de Redes Virtuais Privadas (VPN). Contudo, há o risco de sites falsos surgirem, com tentativas de phishing, colocando em risco quem tentar buscar os sites em ferramentas.

Binance, Huobi e OKEx somem do Baidu

Mecanismos de buscas da China, principalmente os dois mais famosos que são o Baidu e Sogou, não exibem mais os resultados de buscas para corretoras de Bitcoin, sendo afetadas a Binance, Huobi e OKEx.

Além disso, as corretoras não são encontradas em redes sociais da China, como o Weibo (Twitter Chinês) e Zhihu (Quora do país). Ou seja, as corretoras simplesmente sumiram.

A informação foi divulgada pelo jornalista Colin Wu, conhecido como Wu Blockchain pelo Twitter, especialista na cobertura das informações que vêm da China.

“Breaking: em 9 de junho, todos os mecanismos de pesquisa chineses, como Baidu e Sogou, bloquearam as três principais bolsas: Binance Huobi e OKEx.”

Alguns usuários chamaram a cobertura de Wu de FUD, já que há tempos as corretoras já não podem ser utilizadas no território, no entanto, a diferença agora é que elas não aparecem mais nos resultados de buscas.

Com VPN, nossa equipe testou o Baidu simulando um acesso da China e realmente a busca pelas corretoras não retorna nenhum resultado, o que é estranho.

Binance Baidu. Imagem: Livecoins
Binance Baidu. Imagem: Livecoins

Em redes sociais, nenhuma corretora se manifestou sobre o caso.

O que isso afeta no mercado de criptomoedas?

A China toma o caminho contrário de El Salvador, que aprovou o Bitcoin como moeda de curso legal no congresso local. Isso porque, o país asiático tem procurado reprimir a mineração da moeda digital e o comércio de criptomoedas há alguns anos.

Com as novas medidas, que entram em vigor hoje e ainda serão confirmadas pelas grandes corretoras, o governo encerra o acesso fácil e direto às maiores casas de negociação de criptomoedas.

Como a China detém um grande volume de negociações, a saída do dinheiro dos negociantes locais poderia afetar o preço do Bitcoin, o que ainda não acontece, visto que a moeda opera em alta.

Em comentários públicos feitos na publicação de Colin Wu, alguns usuários do Twitter comemoram o anúncio, chamando a iniciativa de promissora para o Bitcoin. Vale o destaque que todas às três corretoras banidas na China operam no Brasil e seguem com seus sites funcionando normalmente para traders do país.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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