Binance já bloqueou 160 milhões de dólares em criptomoedas em 2023

Especialistas da Binance desmistificam, com dados globais, mitos sobre a indústria cripto em série de vídeos.

A Binance está lançando uma série de vídeos, dividida em seis partes, que identifica e usa dados para dissipar alguns dos mitos mais comuns relacionados ao mercado de criptomoedas.

Em nota, a corretora diz que a iniciativa é um passo no compromisso da exchange com a adoção em massa da tecnologia e para mostrar sua responsabilidade com a segurança do usuário.

Já no primeiro vídeo da série, a equipe de investigações e compliance da Binance desmistifica um dos maiores equívocos sobre a indústria de criptomoedas e blockchain. De acordo com os especialistas da exchange, a ideia de que o ecossistema cripto é um foco de atividades ilícitas é extremamente equivocada.

Como base do vídeo, um recente relatório da empresa de inteligência de mercado Chainalysis, uma das mais renomadas do mundo e que presta serviços para autoridades de países como os Estados Unidos, mostra que o volume financeiro de atividades ilícitas envolvendo criptomoedas chegou a US$ 20,6 bilhões no ano passado, o que representa apenas 0,24% do total transacionado pelo setor.

“Criptomoedas não facilitam crimes, é um mito”, diz diretor da Binance

De acordo com Matthew Price, diretor global de inteligência e investigações da Binance no primeiro vídeo da série, muitos ainda acreditam que o uso das criptomoedas facilita os crimes. Contudo, ele aponta que as transações públicas em blockchain facilitam o trabalho dos investigadores.

“Um dos maiores mitos é que as criptomoedas são anônimas e permitem atividades ilícitas e, na verdade, é exatamente o oposto. O fato das transações serem registradas de forma pública e permanente facilita o trabalho dos investigadores. Em contraste com as investigações financeiras tradicionais, a natureza transparente das criptomoedas acaba tornando mais fácil para os investigadores identificar os mal-intencionados”.

Ao contrário disso, o que vem sendo amplamente divulgado, e de maneira equivocada, é a percepção de que as transações realizadas na blockchain são anônimas e não permitem rastrear o fluxo do dinheiro. Assim como, o mito de que a indústria de criptomoedas é muito utilizada por indivíduos mal-intencionados, que buscam aproveitar a anonimidade da tecnologia blockchain para cometer crimes.

Na contramão desses argumentos, foi a transparência inerente a blockchain que permitiu, por exemplo, que a Binance, sozinha, bloqueasse mais de US$ 125 milhões em fundos em 2022 em colaboração com as autoridades americanas. Somente nesses primeiros meses de 2023, já foram US$ 160 milhões.

Em 2021, a Binance ajudou a derrubar uma rede de criminosos cibernéticos que lavava US$ 500 milhões em ataques de ransomware em diversas corretoras. Isso só demonstra como as exchanges de criptomoedas continuam a ser um dos principais aliados na luta contra a atividade criminosa.

Segundo a Agência das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC), estima-se que os ilícitos financeiros registrados em todo o mundo possa variar entre US$ 800 bilhões e US$ 2 trilhões ao ano (cerca de 2-5% do PIB global). Uma grande proporção das operações de lavagem de dinheiro é realizada por meio de canais financeiros tradicionais. Dados mostram que a fatia de cripto representa apenas 0,03% desse montante.

Para Steve Christie, vice-presidente de compliance da Binance, o receio com crimes envolvendo criptomoedas é exagerado.

“O receio acerca de ilícitos na indústria é exagerado. Há, de fato, um pequeno percentual de crimes que acontece na indústria, mas a grande maioria da atividade é de investimento real e uso cotidiano pelas pessoas. O setor tem um enorme potencial de transformação da economia global.”

Interesse maior de usuários de criptomoedas é a liberdade financeira

Em nota ao Livecoins, a Binance indica que o interesse das pessoas por criptomoedas se dá como uma forma de investimento, assim como para uso em transações cotidianas, tem aumentado constantemente desde que as criptomoedas surgiram, há menos de 15 anos.

E a aplicação desses ativos digitais na rotina das pessoas tem ganhado cada vez mais força, com lançamentos de cartões de crédito e plataformas de pagamento e construindo uma ponte entre as finanças tradicionais e criptomoedas. Somente neste ano, a Binance lançou cartões de crédito no Brasil, Argentina e Colômbia, para citar apenas a América Latina, permitindo que pessoas paguem despesas com cripto.

A grande maioria adota esse mercado como investimento em busca de retornos maiores e diversificação de suas carteiras, ou como alternativa a instituições financeiras tradicionais para reduzir custos de operação e aumentar a velocidade das transações.

Sendo assim, a maior parte das transações e investimentos com criptomoedas são legítimas e podem contribuir para transformar e revolucionar a economia global. O surgimento da tecnologia blockchain abriu novas oportunidades para a inovação financeira, e as criptomoedas são apenas uma faceta desse cenário em rápida evolução.

Entretanto, a desinformação, muitas vezes disseminada por pessoas sem conhecimento da indústria, ainda deixa pessoas reticentes em aderir a esse mercado.

Uma vez que simplesmente não é possível movimentar grandes quantias na blockchain sem ser notado, órgãos internacionais como Europol e o Basel Institute on Governance afirmaram que os criptoativos são a chave para combater o crime organizado.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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