Na tarde desta quarta-feira (21), o Banco Central dos EUA voltou a elevar a taxa de juros no país em 0,75 ponto percentual. Como resposta instantânea, o Bitcoin apresentou uma queda de 6%, tocando a região dos US$ 18.704 antes de uma ligeira retomada.
Embora o Bitcoin já tivesse caído após a apresentação dos dados de inflação dos EUA na semana passada, o que poderia significar antecipação do mercado, a nova baixa mostra a preocupação dos investidores.
Nos mercados de ações, a repercussão também foi negativa. Enquanto o índice S&P 500 apresentou queda de 1,62% após a decisão do Fed, o Ibovespa foi outra que sofreu o aumento na taxa de juros.
Mercado de criptomoedas segue em queda e fica abaixo dos US$ 900 bilhões
Embora tenha alcançado os US$ 2,9 trilhões (R$ 15 tri) em novembro do ano passado, os investimentos no setor estão em forte queda. Além das falências de diversos projetos e empresas, a política monetária do Federal Reserve também está afetando o mercado.
O aumento de 0,75 ponto percentual realizado pelo Fed nesta quarta-feira (21) é o terceiro consecutivo deste tamanho. Embora o Bitcoin já estivesse em queda em antecipação ao anúncio, nada impediu que mais uma grande vela vermelha preocupasse os investidores.
Enquanto isso, outras criptomoedas seguiram o mesmo movimento de baixa. Ethereum, por exemplo, chegou a tocar os US$ 1.300, apagando qualquer animação restante de sua maior atualização, o The Merge.
Como consequência, o mercado de criptomoedas chegou a ficar abaixo dos US$ 900 bilhões por alguns instantes, valor não visto desde julho deste ano.
Bitcoin morreu, mas passa bem
Apesar da queda repentina e acentuada, o mercado de criptomoedas voltou a reagir nos minutos seguintes. O destaque fica para o Bitcoin, que após uma sequência de velas verdes já está sendo negociado acima dos US$ 19.500.
Por fim, investidores devem acompanhar os próximos dados da inflação dos EUA e novamente prever o que o Fed fará para fortalecer o dólar. Afinal, muitos especialistas acreditam que o BC americano continuará com uma mão firme até que a inflação caia para 2% — hoje em 8,3%.
De qualquer forma, tais momentos de baixa podem ser interpretados com bons olhos para quem deseja adquirir bitcoins por um preço barato. Mesmo assim, as análises mais otimistas apontam que as criptomoedas só apresentarão novas altas apenas em 2025, quando o Bitcoin pode chegar aos US$ 100.000.