Bitcoin dispara 9,5% e caminha para fechar abril com lucros

A fuga de capital de criptomoedas menores também é apontado como outro catalisador para esta alta do Bitcoin.

Após perder 11% de seu valor na semana passada, o Bitcoin iniciou uma recuperação e está operando em alta de 9,5% nesta quarta-feira (26) após encontrar suporte na média móvel de 50 dias.

Negociado a US$ 29.900 no momento desta redação, outros fatores que podem estar contribuindo para a subida do Bitcoin são o medo de uma recessão nos EUA e a crise bancária que ainda perdura.

A fuga de capital de criptomoedas menores também é apontado como outro catalisador para esta alta do Bitcoin.

Ações do banco First Republic continuam em queda

A primeira correlação com a alta do Bitcoin está relacionada a mais uma queda nas ações do banco americano First Republic. Nesta terça-feira (25), os papéis caíram 40%.

“First Republic $FRC. Perdeu mais 40% hoje e agora está -93% no acumulado do ano.”

Por outro lado, o Bitcoin encontrou suporte na média móvel de 50 dias tanto na terça quanto na quarta-feira, servindo como um trampolim para impulsionar o ativo.

Bitcoin (BTC) em forte alta após tocar na MA50, gráfico diário. Fonte: TradingView.
Bitcoin (BTC) em forte alta após tocar na MA50, gráfico diário. Fonte: TradingView.

Voltando ao First Republic, alguns analistas acreditam que sua crise fará o governo americano injetar mais dinheiro para continuar oferecendo resgate ao setor. Ou seja, a alta do Bitcoin pode ser uma antecipação deste possível cenário.

Contração da base monetária do dólar preocupa mercado

Já Nicholas Gerli, fundador e CEO da Reventure, apresentou dados preocupantes sobre a economia americana. Apontando para uma contração na base monetária, Gerli afirma que isso não acontece há 90 anos e, quando aconteceu, está ligada a crises.

“As únicas outras vezes que isso aconteceu tivemos Depressão/Grande Crise Bancária”, comentou. “Todas as situações anteriores tinham taxa de desemprego de 10%. E enormes falências de bancos.”

Crescimento negativo da base monetária do dólar. Fonte: Nick Gerli/Twitter.
Crescimento negativo da base monetária do dólar. Fonte: Nick Gerli/Twitter.

Na sequência, o executivo usa o exemplo do First Republic para explicar o que isso significa na prática. Enquanto o banco teve uma queda de 36% em depósitos, em relação ao ano passado, o número de empréstimos cresceu 23% no mesmo período. “Isso é insustentável”, concluiu.

“O que é tão problemático nessa contração da oferta monetária é que a inflação ainda é um problema”, continuou Nick Gerli. “Então as empresas terão menos acesso a capital no momento em que mais precisam para pagar as despesas e a expansão da folha de pagamento.”

“O que acontece com todas as Corporações/Negócios alavancados quando a oferta de dinheiro se contrai? Grandes demissões. E grandes desligamentos.”

Como conclusão, Gerli afirma que o Fed possar baixar a taxa de juros antes do esperado, salvando a economia. Em qualquer cenário, de inflação ou recessão, o Bitcoin poderia se beneficiar.

Na hora do pânico, todos correm para o Bitcoin

Por fim, a empresa de análise Santiment trouxe outra visão para a recente alta do Bitcoin. Em suma, investidores de criptomoedas correram para um ativo mais confiável após a queda do mercado na semana passada.

“Com o Bitcoin continuando relativamente estável enquanto as altcoins caem, a porcentagem de discussões girando em torno do BTC permanece bem acima da média”, escreveu a Santiment no Twitter. “Geralmente, o alto domínio social do Bitcoin ocorre durante a euforia do mercado ou (neste caso) o medo.”

“Os preços podem se recuperar rapidamente.”

Por fim, essas razões em conjunto ajudam a explicar a recuperação do Bitcoin. Restando apenas quatro dias para o fim de abril, o BTC precisa ficar acima dos US$ 28.500 para fechar seu quarto mês seguido de lucros em 2023.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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